A Biblioteca da Morte - Opinião

maio 14, 2011

Título: A Biblioteca da Morte

Autor: Glenn Cooper
Editora: Planeta
Páginas: 375
Sinopse:
"Nove pessoas foram mortas em Nova Iorque - nove estranhos sem nada em comum - vítimas aparentes de um esquivo e assustador assassino em série. Só uma coisa une os mortos: postais que receberam, enviados de Las Vegas, anunciando o dia em que iriam morrer... Designado para o caso um agente lendário do FBI com um passado conturbado, um problema com bebida e nada a perder...
Abandonado à porta de um mosteiro um filho indesejado que nasce sob uma maldição: no sétimo dia do sétimo mês de 777...

Não preparado para uma descoberta importante é o mundo do pós-guerra que empreende uma expedição em criptas de uma clandestina sociedade medieval...
...mas todas levam a um segredo envolvido no destino, na história, no mal, na fé e na corrupção... uma verdade aterradora que ninguém deve imaginar..."

Opinião:

A narrativa central deste livro passa-se no ano de 2009 nos Estados Unidos da América. Ano esse em que aparece um serial killer, intitulado de Sentenciador, que mata pessoas, aparentemente de forma aleatória, sendo que a única coisa que as vítimas têm em comum é receberem um postal com a data em que vão morrer. Will, um detective do FBI que fez carreira a descobrir serial killers, é encarregado deste caso, juntamente com a sua nova colega Nancy.
Para além desta narrativa, que é a principal, outras duas se desenrolam: uma passada nos finais dos anos 40 em Inglaterra, na Ilha de Wight; e outra passada nos finais do século VIII, também em Inglaterra. Em 1947, um grupo de pessoas descobre algo que conta uma história demasiado mirabulante para ser verdade e que, por isso, tem que ser escondida; no século VIII num mosteiro medieval, uma criança, um sétimo filho nascido no dia 7 de Julho de 777, começa o que será uma linhagem de segredos que perdurará no tempo.
Assim, temos três narrativas distintas que, no fim, descobre-se que estão todas interligadas. Para mim, a mais interessante terá sido a que se passa no mosteiro em pleno período da Idade Média (mas isso sou eu, que sou meio maluquinha por história da medieval...). Mas a que tem mais ritmo será a de Will, que tenta perceber quem é que anda a matar pessoas em Nova Iorque, ao mesmo tempo que tenta equilibrar um pouco a sua vida pessoal.
Este é um livro interessante, mas não o achei assim tão envolvente quanto estava à espera, principalmente porque só para aí a 100 páginas do final é que se percebe o que as histórias têm a ver umas com as outras. E, quando finalmente se percebe qual o elemento que as liga, é fácil adivinhar o final da trama. Confesso que me aborreceu um pouco ir já a metade do livro e ainda não perceber o que é que a história de 2009 tinha a ver com a de 1947 e com a de 777.
Contudo, devo dizer que gostei das personagens principais do livro: Will, Nancy (em 2009) e o prior Josephus (em 777). Também o menino ruivo Octavus, sétimo filho de um homem, abandonado à porta do mosteiro, me suscitou muita curiosidade no início. Este tem um dom muito particular, dom esse que é perpetuado por gerações futuras à custa de actos abomináveis.
Concluindo, é um livro que conjuga uma ideia base muito interessante, que vai servir de elemento de ligação a três histórias diferentes que, à primeira vista, não têm nada a ver umas com as outras. Contudo, penso que não me conseguiu arrebatar completamente, nem me deixou suficientemente "agarrada" ao livro para o considerar algo fora do normal.

3/6 - Bom, com reservas

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