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Divagações sobre livros e a minha vida de leitora

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    Podem ouvir a minha opinião completa no podcast, AQUI.

    O Segredo da Ordem de Cristo é um livro de ficção histórica que nos transporta para a Idade Média portuguesa, mais especificamente para o início do século XIV e para o reinado de D. Dinis. Aqui, seguimos uma personagem que possui um segredo deixado pelos Templários, ordem extinta por Filipe, o Belo, e que é continuada em Portugal pela recém formada Ordem de Cristo. Este segredo, ninguém sabe o que é, mas tratando-se de Templários podemos conjecturar algumas hipóteses, embora só nos seja revelado praticamente no fim do livro.

    O que temos aqui é, então, um retrato fiel sobre a vida na Idade Média, sobre as angústias e ansiedades, de ordem prática e espiritual dos que viviam nesse período, desde o rei, ao guerreiro e ao camponês. Fala-se de luz e trevas, do Bem e do Mal, de vivências terrenas e dilemas espirituais, tudo descrito com uma linguagem cuidada e que nos transporta para este período. De facto, a linguagem é um ponto forte, porque senti que estava a ler um livro escrito no período medieval, por uma daquelas personagens.

    Houve apenas uma coisa que, por vezes, me confundiu. Há momentos em que os pontos de vista mudam, em que já não é a mesma personagem o foco daquele capítulo, e isso não é bem claro, deixando-nos um pouco desnorteados, sem saber quem está a falar, ou de quem se está a falar. Se insistirmos com o texto, percebemos, mas por vezes pode baralhar-nos.

    De resto, é um livro bem construído, com uma temática interessante e que nos deixa intrigados para descobrir o tal segredo, ao mesmo tempo que nos oferece uma viagem física, geográfica pelo território português, mas também espiritual, na qual as personagens se vão indagando por algumas questões com as quais se deparam. Se gostam de ficção histórica, de Templários e mistérios, este livro é para vocês.


    3/5 - Gostei


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    Podem encontrar a minha opinião completa no podcast, AQUI.

    O livro fala-nos de um vírus que estava adormecido, mas que, depois de descoberto, é disseminado pelos humanos e acabar por contagiar e eliminar uma boa parte da população mundial. Tendo sido escrito antes da pandemia de COVID, o livro torna-se quase uma previsão do que estava para vir, mas sendo um livro de ficção científica vai extrapolar a nossa realidade. O livro é um conjunto de histórias de várias pessoas diferentes sobre como vivem aquela situação, mas também nos leva a alturas diferentes desta pandemia, por isso temos uma perspectiva sobre a evolução da doença e as formas que a Humanidade encontrou para lidar com ela ao longo dos séculos.


    Neste mundo devastado pela morte e pela incerteza da existência de uma cura, vamos vendo como é que as várias gerações que se vão seguindo lidam com isto. Por isso, o livro é sobre a morte, sobre o luto, sobre de que forma pessoas diferentes lidam com isso de forma diferente. É sobre como recordamos quem perdemos, mas também como se anda para a frente depois de algo tão marcante na vida - seja ela individual ou coletiva. É também a história sobre como se pode evoluir, enquanto Humanidade, depois de um evento desta magnitude, demonstrando também o poder da perseverança humana, através das tentativas de encontrar uma cura, mas também de como tornar a vida dos contagiados mais confortável.


    Apesar de tudo isto, não me consegui ligar ao livro. Não me consegui conectar com as personagens nem com as histórias que elas contavam. A estrutura do livro faz-nos sentir que estamos a ler pequenos contos e, por isso, temos acesso a pequenas partes das vidas das pessoas cujos pontos de vista aqui temos. E eu não me costumo dar bem com o formato dos contos porque preciso de desenvolvimento e da construção de personagens, de contextos, e talvez isso não tenha ajudado. Não me suscitou qualquer interesse, e a dada altura já só queria “despachar” o livro para passar para o seguinte. E quando isto acontece, é mau sinal… Há muita gente que adorou este livro, por isso deixo à vossa consideração. As opiniões são sempre subjectivas e esta foi somente a minha experiência de leitura.


    2/5 - Meh



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    Neste livro vamos encontrar a história de Angrboda, figura menor da mitologia nórdica, mas de sobeja importância para os eventos finais deste panteão. Aqui, temos a história de uma mulher bruxa, que vive na floresta afastada de tudo e de todos, que só quer ser deixada sossegada no seu canto, mas que inevitavelmente se vê como primeira amante do deus Loki, deus da mentira e da trapaça, e mãe de algumas das figuras mais monstruosas da mitologia nórdica.

    Esta é uma história sobre resiliência, amor, maternidade, e sobre reconhecer e assumir o nosso poder interior. Angrboda é uma mulher inteligente, sábia, forte, até bem humorada, mas que tem um poder enorme que quer esconder. E é claro que isso corre bem só até certa altura... E à medida que a história avança, os temas vão ficando mais complexos e a coisa vai ficando mais negra e dolorosa para ela. Há episódios de violência, de trauma, momentos angustiantes para todos, e a escrita da autora faz-nos sentir que estamos lá com estas personagens e a viver o que elas vivem.

    Gostei bastante deste livro pela escrita da autora que nos liga às personagens, pela caracterização de personagens tão especiais como Angrboda, Loki e Skadi, por nos oferecer um outro olhar sobre figuras mitológicas e sobre os acontecimentos narrados nessa mitologia. Angrboda é, sem dúvida, uma personagem feminina marcante e sofre uma evolução tremenda. Afinal, a mulher que encontramos no início do livro, não é a mesma que encontramos no fim, depois de muitas dores e transformações.

    Se gostam de mitologia nórdica, aconselho vivamente este livro!


    4/5 - Gostei muito


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    Este livro é um clássico da literatura dos Estados Unidos e percebo porquê. Temos aqui uma história sobre o adolescente Holden, narrada na primeira pessoa, que é um rapaz desiludido com a vida e com o mundo. Após ser expulso do colégio por causa do insucesso escolar, Holden vagueia por dois dias na cidade de Nova Iorque, enquanto divaga sobre a sua vida e sobre a sua visão do mundo.

    Este é um livro que explora temáticas relacionadas com a alienação e o isolamento, neste caso de Holden, que é um rapaz que não se identifica com nada nem com ninguém, e isso traz-lhe algum sentimento de desesperança e angústia. Por causa disto, não consegue estabelecer ligações afectivas e emocionais com ninguém, o que contribui para o seu sentimento de alienação e acaba por o fazer sofrer. Nesse sentido, temos também aqui presente a questão da saúde mental na adolescência, num rapaz que não encontra sentido em praticamente nada. Holden é, claramente, um rapaz num momento de transição, em que não é criança, mas também não é adulto, e que tenta navegar da melhor forma neste momento complicado.

    O livro tinha tudo para correr bem, mas acho que a tradução não ajudou. A tradução pareceu-me muito seca, vazia de emoção, ao ponto de achar que estava só a ler a história de um adolescente irritante e chato. Não li o original, mas fiquei com vontade de o fazer, para ver se há alguma diferença e alguma coisa que não tenha passado na tradução para português. Ainda assim, ainda bem que fiz esta leitura, porque senti que consegui retirar algo dela: o retrato de um adolescente desencantado com o mundo e a sua visão angustiante da vida adulta, na qual ele não quer entrar.

    3/5 - Gostei


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    À semelhança de Assassin's Apprentice, também este livro foi uma releitura. Li-o assim que terminei o primeiro e, sinceramente, já não me lembrava o quanto ia sofrer neste livro! Mas vamos por partes.

    A história começa exactamente onde o primeiro livro acabou e, por isso, temos aqui a continuação do primeiro livro no sentido em que continuamos a seguir a história de Fitz, das suas descobertas identitárias, no desenvolvimento das suas habilidades enquanto espião e assassino, mas também nas técnicas empregues com a Wit e a Skill. Vemos também Fitz a aprofundar relações com Verity, o seu tio, mas também com Burrich, o Bobo, Chade e Molly. Fitz já não é uma criança e, por isso, vemos também o seu crescimento a caminho de ser adulto, com todas as dores que isso representa. 

    Neste livro, Fitz é confrontado com as consequências das suas escolhas e acções, sejam elas justas ou não. Mas também é isso que significa crescer, certo? Fitz perde, aqui, muita da sua inocência enquanto tenta navegar neste mundo no qual ele não tem a certeza a que pertence. O ritmo da leitura torna-se mais lento, muito focado na construção psicológica e emocional das personagens e na descrição daquilo que rodeia Fitz: as intrigas da corte, as lutas de poder, as mentiras, os enganos. Mas é tão bom voltar a ler tudo isto! Robin Hobb é exímia a construir personagens e a fazer com que sintamos com elas. E, sinceramente, já não me lembrava do quanto o Fitz sofre no final! São umas últimas páginas de angústia, mas tão bem escritas que parece que estamos lá com aquelas personagens.

    Mais uma releitura fantástica - só não lhe dou a pontuação máxima porque, devido às descrições, o ritmo se torna mais lento, mais vagaroso. Mas fora isso, excelente! Por cá, está publicado pela Saída de Emergência, com o título O Punhal do Soberano.


    4/5 - Gostei muito


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    Este é um livro cuja história narra a fundação da livraria Shakespeare & Company, em Paris. Somos transportados para os anos 20 do século XX, logo após a Primeira Guerra Mundial, e a Sylvia Beach - uma jovem americana que se muda para Paris, apaixona-se pela cidade e, pelas circunstâncias, decide abrir uma livraria.

    Só que esta livraria não é somente um local onde se pode comprar livros. É o ponto de encontro de vários autores que vão vier para Paris, é um centro cultural que fervilha de ideias, e onde vemos confluir nomes como Gertrude Stein, T.S. Eliot, Ernest Hemingway, F. Scott Fitzerald e James Joyce. James Joyce, aliás, que se encontra no processo de publicação de Ulysses, um livro que foi considerado obsceno e controverso na época e que ninguém queria publicar. É aí que a Shakespeare & Company entra e decide arriscar. Isto é importante porque Sylvia e Joyce têm uma relação de amizade que se baseia praticamente na genialidade de Joyce, mas é uma relação claramente em desequilíbrio, uma vez que Sylvia parece estar quase obcecada com a genialidade de Joyce, enquanto ele não a vê na mesma dimensão.

    Apesar de ser um bom livro de ficção histórica, que nos transporta para aquele período e nos permite ouvir as vozes deste leque de pessoas que, ao longo das décadas, se foram consagrando, não consegui estabelecer uma ligação com nenhuma das personagens. É um bom livro, conta uma história e leva-nos para um tempo distante e interessante. Contudo, não fez muito mais por mim.


    3/5 - Gostei

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    Que bem que me soube voltar à escrita, às personagens e ao mundo criado pela Robin Hobb! Tendo sido uma releitura, já sabia o que ia encontrar, mas voltei a lembrar-me porque é que gostei tanto destes livros, e de que é que são feitas estas personagens.

    Aqui, temos um mundo de fantasia de moldes medievais, com personagens muito bem construídos, dos quais destaco os meus favoritos: Fitz, o protagonista, Burrich, Chade e, claro, a figura mais enigmática destes livros, o Bobo. Neste livro acompanhamos Fitz na sua jornada de crescimento e descoberta, com todas as dores que isso implica, mas ampliadas pelo facto de ser um filho ilegítimo do herdeiro ao trono dos Seis Ducados. Ao mesmo tempo que tem sangue real e é incluído em várias missões em serviço ao rei, Fitz também se sente sozinho e isolado, com a sensação de que não pertence a lugar nenhum. Mas para isso apoia-se em Burrich, uma espécie de figura paternal, mas também em Chade e no seu tio Verity.

    Aqui, a magia está presente através de duas habilidades que Fitz possui e que, ao longo da história, vai treinando: a 'Wit', a capacidade de comunicar e estabelecer laços com animais; e a 'Skill', uma espécie de habilidade telepática que permite comunicar e influenciar outras pessoas. Tudo isto mistura-se com intrigas políticas e palacianas, com lutas de poder, crescimento pessoal, procura de identidade, ao mesmo tempo que Fitz é treinado em segredo para ser um assassino real. Sem esquecer o Bobo que parece saber mais sobre o Fitz e o seu destino do que qualquer outra pessoa, mas cuja identidade permanece um mistério, falando sempre através de enigmas e metáforas.

    O livro agarrou-me tal como me agarrou da primeira vez muito por culpa das personagens. Fitz é uma personagem memorável e marcante, e sentimos as suas dores como se fossem nossas. As outras personagens intervenientes não lhe ficam atrás e toda esta narrativa mantém-nos interessados em saber o que vai acontecer a seguir. Este livro voltou a fazer as minhas delícias e só o posso recomendar aos fãs de fantasia.

    Esta foi uma releitura, cuja primeira opinião, datada de 2016, podem ler aqui.


    5/5 - Adorei


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