The White Forest - Opinião

janeiro 15, 2013


Título: The White Forest
Autor: Adam McOmber
Lido no Kobo
Sinopse (do Goodreads):
"Young Jane Silverlake lives with her father in a crumbling family estate on the edge of Hampstead Heath. Jane has a secret — an unexplainable gift that allows her to see the souls of man-made objects — and this talent isolates her from the outside world. Her greatest joy is wandering the wild heath with her neighbors, Madeline and Nathan.

But as the friends come of age, their idyll is shattered by the feelings both girls develop for Nathan, and by Nathan’s interest in a cult led by Ariston Day, a charismatic mystic popular with London’s elite. Day encourages his followers to explore dream manipulation with the goal of discovering a strange hidden world, a place he calls the Empyrean. 

A year later, Nathan has vanished, and the famed Inspector Vidocq arrives in London to untangle the events that led up to Nathan’s disappearance. As a sinister truth emerges, Jane realizes she must discover the origins of her talent, and use it to find Nathan herself, before it’s too late."

Opinião:

Quando li a sinopse, pensei logo "este é o meu estilo de livro!". Passado na Londres vitoriana, com mistério, sobrenatural e o oculto à mistura, peguei nele com algumas expectativas. A primeira metade li-a com alguma rapidez, porque as personagens intervenientes e o próprio desenvolvimento da história intriga-nos e faz-nos querer saber mais. Jane, a rapariga que não se enquadra muito bem na sociedade e os seus dois amigos, Maddy e Nathan, fazem um trio muito peculiar. Especialmente porque Jane consegue ver a alma dos objectos fabricados pelo homem, Nathan faz experiências com ela no sentido de perceber o seu talento e Maddy, apaixonada por Nathan, tal como Jane, tenta que ele se afaste. Porém, Nathan desaparece e começa a busca do onde e do porquê.

A escrita do autor é fácil de seguir. A história é narrada por Jane e ficamos a saber, em primeira mão, no que consiste o seu talento, que coisas boas e más isso já lhe trouxe e das várias descobertas que ela vai fazendo que trazem algum sentido ao seu talento. Gostei bastante das descrições de Londres, naquela época, e de Hampstead Heath. Londres surge-nos como decadente, suja, um local propício ao acontecimento de coisas estranhas, nem sempre boas, e com uma aura um pouco negra, já que é em Londres que Nathan desaparece. Por outro lado, Hampstead Heath é um local de imensa natureza, nos arredores de Londres, com alguma mística, e onde Jane, Maddy e Nathan se encontram desde miúdos.

Porém, faltou-me algo nesta história. Jane, através do seu talento, consegue aceder a uma espécie de outro mundo, que não é nem o Paraíso nem o Inferno: o "Empyrean". À medida que vamos lendo o livro, pensamos que isto é invenção do autor, mas de facto esta noção remonta à Idade Média. Neste sentido, achei que este conceito podia ter sido mais bem explicado e explorado pelo autor. Achei que a história podia ter uma profundidade maior do que somente "vamos à procura do Nathan à medida que eu percebo este talento que eu tenho, e porque é que está relacionado com o desaparecimento do Nathan". Em algumas alturas, pensei que lhe faltou algo de épico, especialmente mais perto do final.

Ainda assim, foi uma boa leitura. Gostei das personagens, da história, das descrições dos espaços, do talento invulgar de Jane e do mistério que envolve o desaparecimento de Nathan. Só achei que lhe faltou "um bocadinho assim"!

4/6 - Bom

(Esta leitura conta para o desafio Monthly Key Word Challenge)

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