O conforto de ler em papel, a ânsia de ler em ebook

março 13, 2014

Dou por mim a ler um calhamaço em formato ebook, no meu Kobo. É mais confortável do que ter que andar a carregar com um livro de quase 800 páginas para todo o lado. Na mala, quando saio. Tentar segurá-lo, quando estou a ler na cama. Lê-lo sentada sem ficar com uma dor de costas, por causa do peso do livro (sim, sou uma flor de estufa). É mais confortável, é mais prático, tem a vantagem de ter um dicionário à distância de um clique, sempre que surgir uma palavra que não conheço o significado. Posso estar a ler na cama com os braços por baixo dos lençóis, sem apanhar frio e sem ficar com cãimbras por estar a fazer uma qualquer acrobacia para o segurar e conseguir lê-lo sem complicações. Ironia do destino! 

Dou por mim a ler um calhamaço que sei que vou ler durante praticamente todo este mês de Março, o The Eagle and The Raven, da Pauline Gedge. Dou por mim a ansiar pelo livro da Chimamanda Ngozi Adichie que me emprestaram, enviando-me o livro pelo correio, mas que os senhores dos CTT ainda não se dignaram vir entregar a minha casa. Esta odisseia dura já há duas semanas. E dou por mim, cinco minutos antes de escrever este texto, a olhar para a minha querida estante de livros, recheada de livros ainda por ler e a pensar "apetece-me tanto ler em papel!"

O que se conclui? Se passo muito tempo a ler em ebook, penso no conforto do papel. O segurar um livro, virar-lhe as páginas, cheirar o papel (sim, eu sou daquelas que cheira os livros...), carregar comigo o "peso" daquelas palavras, daquele mundo que me suspende daquele em que vivo. Mas quando passo muito tempo a ler em papel, anseio por voltar aos ebooks! Penso no meu Kobo ali encostado a um canto da secretária, com tanta bateria para gastar, com tantos, tantos livros também por ler.

E é assim que a minha cabeça funciona. Se estou muito tempo com o Kobo, penso nos meus livros em papel. Quando leio muito em papel, penso no meu Kobo com tantas possibilidades de leitura. E é por isto que os livros em papel não podem acabar. E é por isto que os e-readers são bemvindos.

:)

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