Assassin's Quest - Opinião
fevereiro 13, 2017
Título: Assassin's Quest (Farseer #3)
Autor: Robin Hobb
Lido no Kobo
Sinopse:
ATENÇÃO: a sinopse e esta opinião podem conter SPOILERS para aqueles que ainda não leram o livro
"King Shrewd is dead at the hands of his son Regal. As is Fitz--or so his enemies and friends believe. But with the help of his allies and his beast magic, he emerges from the grave, deeply scarred in body and soul. The kingdom also teeters toward ruin: Regal has plundered and abandoned the capital, while the rightful heir, Prince Verity, is lost to his mad quest--perhaps to death. Only Verity's return--or the heir his princess carries--can save the Six Duchies.
But Fitz will not wait. Driven by loss and bitter memories, he undertakes a quest: to kill Regal. The journey casts him into deep waters, as he discovers wild currents of magic within him--currents that will either drown him or make him something more than he was...."
Opinião:
Com o final surpreendente do segundo livro desta trilogia, não havia como não partir para a leitura do terceiro livro. Depois de todo o sofrimento que passa às mãos de Regal, Fitz é dado como morto para o mundo. No entanto, e graças à sua ligação com o lobo Nighteyes, é permitido que ele volte à vida, uma opção tomada pelos seus companheiros Burrich e Chade. Assim, o livro começa com o retorno de Fitz à vida humana, a aprender a deixar os seus comportamentos e instintos animais para trás. Há uma primeira parte dedicada somente a este renascimento e a toda a sua revolta e sofrimento, que vai condicionar tudo o que irá acontecer a seguir. Posteriormente, assistimos às viagens de Fitz e à sua demanda: matar Regal, vingando-se de todo o mal que ele lhe infligiu, mas também pelo facto de ter usurpado o trono, prejudicando todos aqueles que lhe são queridos.
O livro é, então, sobre esta viagem monumental de Fitz, que é uma viagem pelos Seis Ducados, mas é, sobretudo, uma viagem interior, onde ele se descobre a si próprio e onde se vai apercebendo das capacidades que tem, tanto no que diz respeito à Wit como à Skill. Acompanhamos a sua viagem e a de Nighteyes com todos os perigos que espreitam, com todas as dificuldades, todos os medos e todas as incertezas. Confesso que o início do livro deu-me alguns problemas porque é bastante parado. Não há nada, realmente, a acontecer, a não ser a recuperação de Fitz e as viagens que faz até chegar ao seu objectivo inicial: Regal. A narrativa é bastante pormenorizada no que toca às paisagens, às pessoas, às características peculiares de cada lugar e ao que Fitz tem de fazer para sobreviver. No entanto, isto pode cansar um pouco, porque queremos saber rapidamente o que vai acontecer! Mas a escrita da autora é fantástica e enreda-nos completamente naquele mundo. Apesar de querermos a narrativa a andar mais depressa, deixamo-nos ir naquelas palavras que nos apresentam um mundo tão rico e personagens tão boas.
A história de Fitz é fantástica, cheia de provações, de sofrimento, de histórias por contar, segredos por descobrir, mas também de reencontros com personagens que julgávamos perdidas. A sua história é de aprendizagem, de iniciações, e Hobb faz com que Fitz passe momentos bem complicados e sofridos até ele aprender. O foco de toda a saga é mesmo este: as personagens. Com uma tremenda profundidade emocional, são as personagens que me fizeram ficar agarrada ao livro: os seus diálogos, os seus dilemas, as suas vidas tão peculiares e diferentes, as ligações que se estabelecem entre todos. Adorei, A-DO-REI a ligação de Fitz com o seu lobo e todos os momentos por que passam.
Sem ser o início que é um pouco lento, e embora eu perceba o porquê, não consigo apontar coisas que não tenha gostado. Gostei imenso dos vários reencontros que acontecem, das várias pontas que acabam por se unir e dos mistérios que são revelados. O final pareceu um pouco abrupto, em algumas coisas, mas penso que é o final apropriado para esta história. Adorei aquilo que a autora me fez sentir durante toda a história de Fitz, e a sua jornada será uma de que eu não me vou esquecer tão depressa. É difícil abandoná-lo e ao seu lobo, sei que ambos vão ficar comigo durante muito tempo, e vou ter muitas saudades de todos, especialmente de Fitz, Nighteyes e, claro está, do Bobo.
6/6 - Excelente
0 comentários