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Este livro passa-se durante a Segunda Guerra Mundial, na Noruega, para contar a história de Hirsch Komissar, o bisavô da esposa do autor, mas que acaba por ser mais um retrato de como a invasão nazi foi vivida na Noruega e, especificamente, como os judeus foram perseguidos, torturados e mortos por um grupo de colaboradores nazis em especial, chamado de Bando de Rinnan. Por isso, temos entrelaçadas aqui três histórias: a da família da esposa do autor; a do Bando de Rinnan; e num aspecto mais contextual a própria Segunda Guerra e o Holocausto na Noruega.

Desconhecia a existência deste Bando de Rinnan. Henry Oliver Rinnan era um homem norueguês, agente colaborador da Gestapo que se infiltrava na resistência para depois denunciar todos os que estavam contra o regime nazi. A certa altura, é-lhe dada carta branca para organizar um grupo e ter mais autonomia para investigar, prender, torturar e matar - quer sejam judeus, quer sejam pessoas opositoras do regime nazi. Estima-se, inclusive, que cerca de 40% das pessoas executadas como resultado de crimes de guerra na Noruega tenham ligação ao Bando de Rinnan. Estas execuções foram o resultado de uma purga legal, que ocorreu entre maio de 1945 e agosto de 1948, contra qualquer pessoa que tenha colaborado com a ocupação nazi da Noruega.

Gostei bastante do livro porque me deu a conhecer uma vertente da Segunda Guerra Mundial que não é tão conhecida. Gostei também da estrutura particular em que a história é contada, com vários saltos temporais em que não temos uma narrativa linear, mas também porque o livro está organizado em capítulos ordenados por ordem alfabética. A partir de cada palavra, dependendo do contexto, essa palavra pode ter um significado de luz ou de escuridão - daí o título.

Se gostam de livros que misturam facto e ficção sobre a Segunda Guerra e o Holocausto, este é para vocês.

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