Justine - Opinião
agosto 17, 2009Acabada esta leitura, posso dizer de minha justiça o que achei deste livro.
Justine fala-nos de uma rapariga que, passando pela morte do pai, acaba nas ruas da amargura sem dinheiro e sem título. Contudo, convencida de que a sua virtude e bom coração lhe trarão a felicidade, encontra somente injustiça, devassidão e indignidade.
A história é-nos contada através do diálogo entre Justine, cujo nome altera para Sophie, e o Sr. Corville e a Sra. Lorsange, em que lhes conta todos os infortúnios que sofrera até à altura.
Justine é submetida aos mais atrozes feitos, ao sofrimento, mas mantém-se sempre fiel aos seus princípios, mantendo a sua consciência limpa e nunca optando pela via do crime e da malvadez.
A minha opinião deste livro não é assim tão boa. Se virmos este livro à luz do século XVIII, em que ele foi escrito, trata-se de um livro escandaloso, por retratar coisas que eram inconcebíveis mas que, no fundo, provavelmente estariam lá recalcadas nos desejos mais inconscientes de cada um.
O facto de Justine ser tão ingénua e inocente, sempre querendo o bem e sempre se perguntando "Porquê?!" cada vez que algo de mau lhe acontecia, torna-se aborrecido. Até porque ela é ingénua demais e confia em toda a gente que lhe aparece à frente, contando sempre as suas desventuras e achando, em todas as situações, que as pessoas são boas e que a querem ajudar (dei por mim a pensar, por vezes, "mas tu és burra, miúda?!")
Além disso, este livro é também um livro que impõe questões filosóficas: a alguém como Justine, cheia de virtude, calha sempre as coisas más e nunca é recompensada por tal; ao passo que aqueles que lhe fazem mal acabam bem sucedidos, ricos e impunes. Que benefícios, então, trará o facto de sermos bons? Contudo, se estas questões filosóficas são interessantes, às vezes extendem-se um pouco demais a meio dos diálogos.
Outro ponto negativo é a tradução. Erros de concordância feminino-masculino, singular-plural, erros de conjugações verbais, construções frásicas mal feitas, às vezes falta de pontuação, ou pontuação no sítio errado... Por mais que nos digam isso na escola há pessoas que não prestam atenção a isso, mas eu tenho sempre a atenção de não o fazer e repito aqui: antes da conjunção "e" nunca se coloca uma vírgula!
Justine fala-nos de uma rapariga que, passando pela morte do pai, acaba nas ruas da amargura sem dinheiro e sem título. Contudo, convencida de que a sua virtude e bom coração lhe trarão a felicidade, encontra somente injustiça, devassidão e indignidade.
A história é-nos contada através do diálogo entre Justine, cujo nome altera para Sophie, e o Sr. Corville e a Sra. Lorsange, em que lhes conta todos os infortúnios que sofrera até à altura.
Justine é submetida aos mais atrozes feitos, ao sofrimento, mas mantém-se sempre fiel aos seus princípios, mantendo a sua consciência limpa e nunca optando pela via do crime e da malvadez.
A minha opinião deste livro não é assim tão boa. Se virmos este livro à luz do século XVIII, em que ele foi escrito, trata-se de um livro escandaloso, por retratar coisas que eram inconcebíveis mas que, no fundo, provavelmente estariam lá recalcadas nos desejos mais inconscientes de cada um.
O facto de Justine ser tão ingénua e inocente, sempre querendo o bem e sempre se perguntando "Porquê?!" cada vez que algo de mau lhe acontecia, torna-se aborrecido. Até porque ela é ingénua demais e confia em toda a gente que lhe aparece à frente, contando sempre as suas desventuras e achando, em todas as situações, que as pessoas são boas e que a querem ajudar (dei por mim a pensar, por vezes, "mas tu és burra, miúda?!")
Além disso, este livro é também um livro que impõe questões filosóficas: a alguém como Justine, cheia de virtude, calha sempre as coisas más e nunca é recompensada por tal; ao passo que aqueles que lhe fazem mal acabam bem sucedidos, ricos e impunes. Que benefícios, então, trará o facto de sermos bons? Contudo, se estas questões filosóficas são interessantes, às vezes extendem-se um pouco demais a meio dos diálogos.
Outro ponto negativo é a tradução. Erros de concordância feminino-masculino, singular-plural, erros de conjugações verbais, construções frásicas mal feitas, às vezes falta de pontuação, ou pontuação no sítio errado... Por mais que nos digam isso na escola há pessoas que não prestam atenção a isso, mas eu tenho sempre a atenção de não o fazer e repito aqui: antes da conjunção "e" nunca se coloca uma vírgula!
2 comentários
AH! Ora aí está um livro que com a tua opiniao nao vou perder o meu tempo. :)
ResponderEliminarEsse nem vou ler... não gostei nem da sinopse...
ResponderEliminarBoa semana, beijos!