Heart of Darkness - Opinião
outubro 27, 2010Título: Heart of Darkness
Autor: Joseph Conrad
Editora: Penguin Classics
Páginas: 136
Sinopse:
"Marlow, a seaman and wanderer, recounts his physical and psychological journey in search of the infamous ivory trader Kurtz. Travelling up river to the heart of the African continent, he gradually becomes obsessed by this enigmatic, wraith-like figure. Marlow's discovery of how Kurtz has gained his position of power over the local people involves him in a radical questioning, not only of his own nature and values, but those of Western civilization. A haunting and hugely influential Modernist masterpiece, Heart of Darkness (1899) explores the limits of human experience as well as the nightmarish realities of imperialism.
Part of a major series of new editions of Conrad's most famous works in Penguin Classics, this volume contains Conrad's Congo Diary, a chronology, further reading, notes, a map of the Congo, a glossary and an introduction discussing the auth0r's experiences of Africa, the narrative and symbolic complexities of Heart of Darkness and critical responses to the novel."
Opinião:
Já há algum tempo que tinha curiosidade de ler esta obra (porque ora me falavam muito mal, ora me falava muito bem dela) e agora surgiu a oportunidade porque vou ter que fazer um trabalho para a faculdade que se debruce sobre Heart of Darkness, de Joseph Conrad.
Aproveito e faço aqui um aparte: a actualização do blog, principalmente no que toca a leituras, tem sido um pouco escassa devido às muitas coisas que tenho que fazer agora que estou a fazer mestrado. Por causa disso, há livros que vão demorar mais tempo a ler, por causa de outras leituras obrigatórias, nomeadamente de investigação para trabalhos. É por isso que ando com o Drácula quase há um mês... Mas vamos a Heart of Darkness.
Heart of Darkness foi escrito no final do século XIX e é a narrativa de um homem, Marlow, que vai para as profundezas da floresta, no Congo, com a missão de ir buscar um homem que ele não conhece mas que é conhecido por todos: Kurtz. Resumidamente, o resto da obra é sobre a sua viagem pelo rio Congo acima, enfrentando as populações estranhas para ele, com costumes diferentes, experienciando toda aquela atmosfera que inspirava temor, mistério e grandeza.
Contudo, Heart of Darkness é mais do que uma narrativa sobre alguém que vai em busca de outra pessoa numa terra distante e desconhecida. É uma história que denuncia as crueldades cometidas em nome do Imperialismo e em nome da conquista. Sobre a profunda ignorância do homem ocidental, que se dizia tão avançado, perante os costumes de outros povos que, por serem diferentes, eram considerados selvagens e inferiores. É uma viagem pelas trevas que cada um possui dentro de si: Marlow e Kurtz. É um livro cheio de simbolismo, de contrastes, de evocações de outros tempos.
Contudo, apesar do livro ser pequeno, não é um livro fácil de se ler. Tem uma atmosfera densa e pesada. Por vezes parece que também estamos embrenhados na imensidão do rio e da floresta africana, deparando-nos com pessoas estranhas, rituais estranhos e, por vezes,agoirentos, como que pressentindo aquilo que acontecerá.
Gostei especialmente da forma de contar a história, porque uma narrativa na primeira pessoa dá sempre um ponto de vista pessoal, sabemos quais foram os pensamentos e sentimentos da pessoa numa dada altura. Outro ponto forte é, também, a linguagem usada. Por vezes algo poética, crua, a tocar a loucura.
O ponto fraco é que, por vezes, não se passa quase nada e isso acaba por quebrar um pouco o ritmo, porque a travessia do rio, por sua vez, também é lenta.
Achei este livro interessante por esse aspecto de denúncia e pelas várias alusões àquilo que há de mais negro dentro de nós. Entre aqueles que me diziam que adoraram e os que me diziam que odiavam, eu estou naquele grupo intermédio. Acho uma obra pertinente, mas nenhuma obra-prima.
3/6 - Bom, com reservas
Part of a major series of new editions of Conrad's most famous works in Penguin Classics, this volume contains Conrad's Congo Diary, a chronology, further reading, notes, a map of the Congo, a glossary and an introduction discussing the auth0r's experiences of Africa, the narrative and symbolic complexities of Heart of Darkness and critical responses to the novel."
Opinião:
Já há algum tempo que tinha curiosidade de ler esta obra (porque ora me falavam muito mal, ora me falava muito bem dela) e agora surgiu a oportunidade porque vou ter que fazer um trabalho para a faculdade que se debruce sobre Heart of Darkness, de Joseph Conrad.
Aproveito e faço aqui um aparte: a actualização do blog, principalmente no que toca a leituras, tem sido um pouco escassa devido às muitas coisas que tenho que fazer agora que estou a fazer mestrado. Por causa disso, há livros que vão demorar mais tempo a ler, por causa de outras leituras obrigatórias, nomeadamente de investigação para trabalhos. É por isso que ando com o Drácula quase há um mês... Mas vamos a Heart of Darkness.
Heart of Darkness foi escrito no final do século XIX e é a narrativa de um homem, Marlow, que vai para as profundezas da floresta, no Congo, com a missão de ir buscar um homem que ele não conhece mas que é conhecido por todos: Kurtz. Resumidamente, o resto da obra é sobre a sua viagem pelo rio Congo acima, enfrentando as populações estranhas para ele, com costumes diferentes, experienciando toda aquela atmosfera que inspirava temor, mistério e grandeza.
Contudo, Heart of Darkness é mais do que uma narrativa sobre alguém que vai em busca de outra pessoa numa terra distante e desconhecida. É uma história que denuncia as crueldades cometidas em nome do Imperialismo e em nome da conquista. Sobre a profunda ignorância do homem ocidental, que se dizia tão avançado, perante os costumes de outros povos que, por serem diferentes, eram considerados selvagens e inferiores. É uma viagem pelas trevas que cada um possui dentro de si: Marlow e Kurtz. É um livro cheio de simbolismo, de contrastes, de evocações de outros tempos.
Contudo, apesar do livro ser pequeno, não é um livro fácil de se ler. Tem uma atmosfera densa e pesada. Por vezes parece que também estamos embrenhados na imensidão do rio e da floresta africana, deparando-nos com pessoas estranhas, rituais estranhos e, por vezes,agoirentos, como que pressentindo aquilo que acontecerá.
Gostei especialmente da forma de contar a história, porque uma narrativa na primeira pessoa dá sempre um ponto de vista pessoal, sabemos quais foram os pensamentos e sentimentos da pessoa numa dada altura. Outro ponto forte é, também, a linguagem usada. Por vezes algo poética, crua, a tocar a loucura.
O ponto fraco é que, por vezes, não se passa quase nada e isso acaba por quebrar um pouco o ritmo, porque a travessia do rio, por sua vez, também é lenta.
Achei este livro interessante por esse aspecto de denúncia e pelas várias alusões àquilo que há de mais negro dentro de nós. Entre aqueles que me diziam que adoraram e os que me diziam que odiavam, eu estou naquele grupo intermédio. Acho uma obra pertinente, mas nenhuma obra-prima.
3/6 - Bom, com reservas
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