The Tempest - Opinião
setembro 04, 2013
Título: The Tempest
Autor: William Shakespeare
Editora: Penguin Classics
Páginas: 112
Sinopse:
Autor: William Shakespeare
Editora: Penguin Classics
Páginas: 112
Sinopse:
"Shakespeare's last play is a mystical drama of estrangement and reconciliation.
Deposed from his dukedom in Milan and cast out to sea with his daughter, miranda, Prospero has a miraculous power over the island on which they have made their home. As the play begins, Prospero has used his art to bring about another shipwreck. This time his usurping brother and his colleagues are cast ashore, but through the power of magic, love and forgiveness, chaos is gradually transformed into order."
Opinião:
Estive a rever o Henry V, da série da BBC "The Hollow Crown", com o texto original ao lado. E aquela peça é tão poderosa, tão bem escrita, com discursos tão possantes, que me apeteceu imediatamente voltar aos textos de Shakespeare. Assim, agarrei neste The Tempest, a última peça escrita pelo Mestre, e que eu já cá tinha há algum tempo e ainda não tinha lido.
Quanto ao resumo desta peça, não há muito mais a dizer do que o resumo diz ali em cima. Destaco também a presença de Ariel, um espírito que serve Prospero na sua demanda de vingança e Caliban, um escravo de Prospero e Miranda, que reclama para si a "soberania" da ilha. Pelas descrições, parece-me que ele será deformado, visto como selvagem, quase monstruoso. Para mim, Caliban representa as diferentes raças com que os exploradores se deparavam durante a época em que o mundo estava a ser descoberto pelos navegadores europeus. Vi algures, também, que o nome Caliban se assemelha com "Cariban", o termo usado para designar os nativos das Índias Ocidentais. Se lermos a peça deste modo, parece-me que espelha as recentes formações de colónias e subjugação dos nativos, considerados selvagens e inferiores. Para além deste tema, temos a traição, a vingança, o amor e o perdão como temas principais. Além disso, temos ainda a presença da magia, de Ariel que é uma espécie de fada, e de algumas deusas também.
E, no fundo, parece-me que é isso. Gostei da peça, foi algo que li num par de horas, é leve e fácil de se perceber, mas faltou-me aquela grandiosidade e complexidade a que estava habituada nas outras peças que li. Talvez porque tenha lido esta peça depois de ter revisto e lido o Henry V no ecrã, uma adaptação fantástica da peça (e que, já agora, aconselho a todos: ide ver "The Hollow Crown"!!), com interpretações muito boas e The Tempest não tem, nem de perto nem de longe, o mesmo espírito. Até a parte da magia me soube a pouco. Quando penso em magia, das peças que já li de Shakespeare, penso em Macbeth, e quando penso em fadas, lembro-me de A Midsummer Night's Dream. Ainda assim, gostei de voltar à lírica de Shakespeare. Esse aspecto, quer gostemos mais ou menos das peças, é uma constante em todas as suas obras e é um verdadeiro deleite deixarmo-nos levar pelas suas palavras.
4/6 - Bom
(Esta leitura conta para os desafios Mount TBR Reading Challenge e para o Monthly Key Word Challenge)
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