" 'Loki, that’s me.

Loki, the Light-Bringer, the misunderstood, the elusive, the handsome and modest hero of this particular tissue of lies. Take it with a pinch of salt, but it’s at least as true as the official version, and, dare I say it, more entertaining.

So far, history, such as it is, has cast me in a rather unflattering role.

Now it’s my turn to take the stage.'

With his notorious reputation for trickery and deception, and an ability to cause as many problems as he solves, Loki is a Norse god like no other. Demon-born, he is viewed with deepest suspicion by his fellow gods who will never accept him as one of their own and for this he vows to take his revenge. 

From his recruitment by Odin from the realm of Chaos, through his years as the go-to man of Asgard, to his fall from grace in the build-up to Ragnarok, this is the unofficial history of the world’s ultimate trickster."

Mais uma desistência. A verdade é que comecei a ler Os Três Mosqueteiros pelo meio, depois estive quase duas semanas sem ler nada, comecei o doutoramento, textos para ler, e este livro lá ficou pelo caminho...

Este livro pretende ser a história do mito nórdico e dos seus deuses, citando alguns dos episódios mais famosos entre eles, mas sob o ponto de vista de Loki: o deus das trapaças, que pode mudar a sua forma, ligado à magia e que, embora viva com os Aesir (os deuses que vivem em Asgard) não pertence ao mesmo mundo que eles. Visto como um marginal, como alguém que está à parte e que não se integra completamente no mundo dos Aesir, Loki vai fazendo das suas, ora para se integrar, ora, no fim, para se vingar de tudo aquilo que lhe fizeram. Loki não é flor que se cheire, é sarcástico, inteligente, astuto e cheio de humor. Há passagens verdadeiramente deliciosas neste aspecto, porque tudo nos é contado com uma pitada de humor negro e de sarcasmo que dão personalidade a Loki (sim, tive que me lembrar do Tom Hiddleston como Loki... é inevitável). Neste sentido, o livro está bastante bem escrito. Nota-se que houve uma pesquisa sobre os mitos nórdicos, os seus deuses, a criação dos nove mundos, os elementos que governam cada um e o resgate de alguns dos episódios mais marcantes deste mito para criar tanto a história pessoal de Loki, como a história dos Aesir sob um novo ponto de vista. Cada deus está muito bem caracterizado, cada um tem as suas motivações, peculiaridades, e ódios pessoais.

Mas faltou-lhe algo. Faltou mais emoção. Senti que, apesar da história bem contada, apesar das personagens bem descritas, de a narrativa estar bem estruturada, faltou uma relação empática maior com as personagens. Acho que o que se retira daqui é que uma história pode ser contada de várias maneiras, dependendo do ponto de vista de quem a conta. Mas faltou ali qualquer coisa que me fez desligar do livro e da história e, por isso, levou-me a desistir. Já ia a mais de metade do livro e pensei mesmo "se isto é tudo assim meio 'meh' não vou perder grande coisa se deixar o livro aqui". E foi isso que aconteceu. Podia classificar o livro como "Bom", porque eu acho que é um livro bom. Mas como não o acabei, vou colocá-lo como "Não Terminado". Achei o início do livro muito bom, fiquei com grandes expectativas ao começá-lo, porque a escrita é fácil, tal como é fácil a nossa entrada na história. Mas depois faltou-lhe algo para se tornar verdadeiramente interessante.

1/6 - Não Terminei