The Lathe of Heaven - Opinião
junho 29, 2015
Título: The Lathe of Heaven
Autor: Ursula K. Le Guin
Lido no Kobo
Sinopse:
Opinião:
4/6 - Bom
Autor: Ursula K. Le Guin
Lido no Kobo
Sinopse:
"In a future world racked by violence and environmental catastrophes, George Orr wakes up one day to discover that his dreams have the ability to alter reality. He seeks help from Dr. William Haber, a psychiatrist who immediately grasps the power George wields. Soon George must preserve reality itself as Dr. Haber becomes adept at manipulating George's dreams for his own purposes.
The Lathe of Heaven is an eerily prescient novel from award-winning author Ursula K. Le Guin that masterfully addresses the dangers of power and humanity's self-destructiveness, questioning the nature of reality itself. It is a classic of the science fiction genre."
The Lathe of Heaven is an eerily prescient novel from award-winning author Ursula K. Le Guin that masterfully addresses the dangers of power and humanity's self-destructiveness, questioning the nature of reality itself. It is a classic of the science fiction genre."
Andava há imenso tempo para ler este livro e, finalmente, chegou o dia! Li-o no decorrer da semana que passou e foi uma leitura bastante agradável e rápida, uma vez que o livro nem chega às 200 páginas. Está editado em Portugal através da Editorial Presença, com o título O Tormento dos Céus.
O livro narra a história de George Orr e da sua peculiar habilidade: os sonhos de George têm o poder de alterar a realidade. Por causa disso, George vive atormentado com esta capacidade, uma vez que não tem qualquer poder para controlar os seus sonhos, seja no seu conteúdo ou na sua frequência, e os seus sonhos alteram a realidade tanto numa menor ou maior dimensão, quer seja na esfera pessoal e familiar, quer seja num contexto mais global. Esta pressão para querer controlar os sonhos e os seus efeitos, fazem-no encontrar refúgio nas drogas, uma vez que elas bloqueiam a sua capacidade de sonhar e/ou de dormir. A dada altura esta aventura não corre bem e George é forçado a frequentar um programa de tratamento voluntário, onde passa a ver um psiquiatra.
O psiquiatra, Dr. Haber, ao início não acredita na habilidade de George mas, ainda assim, decide estudar o seu processo de sono e sonhos através da hipnose e de sonhos sugestionados. É então que se começa a aperceber de que o que George lhe diz é verdade e começa a usar os sonhos de Orr para alterar a realidade de acordo com as suas vontades. Nesse aspecto, Ursula Le Guin aborda questões como a sobrepopulação, as alterações climáticas, as questões raciais e até invasões alienígenas. Aborda também o perigo que tentarmos fazer o papel de Deus porque ao tentar aperfeiçoar ou tornar melhor certos aspectos, vamos desestabilizar outros. Esta visão é bastante interessante porque o mundo que nos é apresentado vai-se alterando à medida que a narrativa vai avançando e transforma-se, apesar de todas as boas intenções, num mundo distópico.
Por isso, considero que este livro é riquíssimo porque aborda tantas coisas e vai transformando o mundo que é criado. Há aqui uma dualidade de poderes porque George tem o poder de alterar a realidade mas não o quer fazer, e o Dr. Haber que aproveita a habilidade de George para mudar a realidade pensando que é ele que tem o verdadeiro poder. O livro está muito bem escrito, não é confuso, tem um mundo muito coeso e aborda vários temas importantes que continuam actuais (o livro foi escrito há mais de 40 anos!), o que só provam o talento de Le Guin.
Gostei do livro e não lhe consigo apontar defeitos. Apesar de não me ter agarrado por aí além no sentido de ter tido uma leitura frenética, é um bom livro, que aborda temas tão diversos e actuais, que transpõe barreiras no sentido de poder ser considerado como uma obra de fantasia, de ficção-científica e distopia, tornando-se, a meu ver, num clássico. Acho que o principal tema deste livro é de como os humanos gostariam de moldar o mundo a seu gosto, de tornar os seus sonhos em realidade. Porém de como isso pode ser perigoso porque há sempre factores que não consideramos e para cada acção há sempre uma reacção, por mais insignificante que possa parecer. Fico curiosa para ler mais livros desta autora.
4/6 - Bom
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