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    Título: Os Números que Venceram os Nomes
    Autor: Samuel Pimenta
    Editora: Marcador
    Páginas: 172
    Sinopse:
    "Num futuro distante, comprovada matematicamente a existência de Deus, os homens são obrigados a trocar os seus nomes por números. Ergue-se uma ditadura global, em que todos são controlados e descaracterizados. Uma sociedade de uma única religião, em que os algarismos definem tudo - pessoas, países, ruas, animais -, em detrimento da essência de cada um.

    Um Nove Um Seis é um rapaz sozinho, que trabalha num call center, obcecado com o telemóvel - mais um cidadão entre os milhões que levam uma vida programada, sob a vigilância do Estado. Até que, certa noite, um imprevisto encontro com um gato de rua lhe provoca um ataque psicótico, que leva as autoridades a fechá-lo num hospício.

    Internado, Um Nove Seis Um partilha o quarto com um velho que lhe fala da resistência ao regime: um grupo de pessoas que se sublevam escrevendo poesia, recolhendo animais vadios e atribuindo-se nomes em vez de números. Com o velho e o gato como cúmplices, Um Nove Seis decide tentar descobrir quem é - além de um número num sistema de dados.

    Em Os Números Que Venceram Os Nomes - O medo aprisiona, a esperança liberta, Samuel Pimenta consegue, com uma destreza literária que nos prende do início ao fim, contar uma história empolgante. Embora passando-se num futuro imaginário, questiona muitos dos problemas das sociedades contemporâneas - a substituição estéril de um mundo espiritual por uma realidade puramente material."

    Opinião:

    O que me despertou o interesse por este livro foi, sem dúvida, o título. Remeteu-me logo para a questão das sociedades darem mais importância aos números, às estatísticas, às percentagens, em vez de pensarem naqueles números como pessoas, indivíduos com a sua história e com as suas particularidades. E embora não seja sobre isso, o livro faz-nos pensar sobre esse assunto.

    Seguimos a história de Um Nove Um Seis, num futuro imaginado, que vive numa sociedade em que a identidade atribuída a cada pessoa é um número. Já não existem nomes: nomes de pessoas, de ruas, de hospitais, de instituições - tudo são números. Temos, aqui, a construção de uma sociedade distópica ao estilo de alguns clássicos do género e, por isso, algo familiar. No entanto, a certa altura, o mundo desta personagem sofre uma reviravolta que vai mudar todo o seu pensamento e vai pôr em causa toda a sua vida e as suas crenças.

    É interessante seguir o percurso de Um Nove Um Seis e perceber como a sociedade funciona, bem como a sua tomada de consciência sobre a forma como a sua vida foi alterada. Penso que para alguém que tenha algum conhecimento sobre distopias literárias, este tipo de narrativa não se revele uma novidade. Mas, ainda assim, esta é uma obra que tem a sua originalidade e é muito bem escrita. Gostei muito da escrita de Samuel Pimenta, acho que o livro acaba por ser fácil de ler por causa do tratamento da linguagem que consegue ser crua e, ao mesmo tempo, poética. Achei que algumas coisas podiam ser mais bem desenvolvidas, como o passado da personagem, como a sua vida se alterou a partir do momento em que sabe a verdade, se passou a ser um membro da resistência e de que forma, como é que a sociedade evoluiu até chegar ao estado em que se encontra no fim do livro... São coisas que podiam ter sido exploradas, mas o que encontramos é uma narrativa sobre um momento fugaz na vida da personagem. Acho que tem potencial para mais.

    Ainda assim, gostei deste livro e da temática da importância dos nomes para a identidade de cada um. Para a diferença e o carácter único que cada pessoa tem. Para a importância das palavras e dos nomes, quem os sabe tem um poder imenso e é considerado uma ameaça, nesta sociedade. É um livro fácil de se ler, com uma narrativa bem estruturada e uma história interessante, ainda que tenha potencial para mais e possa soar familiar a leitores de distopias.

    4/6 - Bom

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