Ideias de prendas natalícias... literárias!
novembro 19, 2019
Chega a época natalícia, chega a altura de dar e, esperemos nós, de receber livros! Lá vamos nós pelas livrarias em busca do livro perfeito para aquela pessoa, ao mesmo tempo que tentamos resistir à tentação de comprar metade da livraria para nós próprios. Por isso, achei que vos podia deixar aqui algumas sugestões de livros que podem oferecer à vossa família e amigos de acordo com aquilo que eles gostam ou, quem sabe, para os fazerem sair da sua zona de conforto. Baseei-me somente nos livros que li, porque foi o que me fez sentido - não vou recomendar livros que ainda não li - e tentei ser o mais diversificada possível tendo em conta o que já li e gostei.
Ficção contemporânea
Stoner é um dos livros da minha vida. Ao início não damos nada por ele, mas chegamos ao fim arrebatados pela história narrada, pela dimensão e pelo peso que as coisas mais mundanas podem ter na vida de uma pessoa. Penso que este livro terá impacto em qualquer pessoa, afinal, é impossível ficar-lhe indiferente.
Onde estás, Bernadette? é uma leitura mais leve, uma lufada de ar fresco que, ainda assim, nos entretém com uma boa história. A história é contada de forma epistolar sobre uma mulher, Bernadette, que desaparece misteriosamente durante os preparativos para uma viagem com o marido e com a filha. Este livro foi, inclusivamente, alvo de uma adaptação cinematográfica este ano com Cate Blanchett no papel de Bernadette.
As Memórias de uma Gueixa é um livro inesquecível. Para quem gosta da história e da cultura japonesa do início do século XX, para quem tem curiosidade sobre o modo de vida das gueixas, com uma personagem feminina forte que enfrenta momentos tão difíceis e trágicos, mas que consegue vencer todas as adversidades. É uma história com uma prosa muito bonita, que nos leva a cenários longínquos e que nos envolve na história de Sayuri.
A Invenção das Asas passa-se no século XIX, no estado da Carolina do Sul e conta-nos a história de Sarah Grimké, uma das primeiras mulheres americanas a lutar pela abolição da escravatura e pelos direitos das mulheres. Neste livros entrelaçam-se as histórias de Grimké e de Hetty, uma escrava com a mesma idade de Grimké, onde ambas crescem juntas e se deparam com tudo aquilo que as separa uma da outra, apesar de haver tanta coisa que as une também. Para quem gosta deste tipo de narrativas, este livro é excelente.
Já A Sombra do Vento quase que se tornou um clássico contemporâneo da literatura pelo ambiente que cria, pelas personagens que nos apresenta e pela narrativa envolvente que, após tantos anos, faz com que eu não me esqueça dele. A história passa-se em Barcelona, durante a primeira metade do século XX e leva-nos numa trama de mistério e suspense que nos faz ficar agarrados ao livro até à última página!
O Rei de Ferro de Maurice Druon passa-se em França, no século XIII, durante o reinado do rei Filipe, o Belo, mais conhecido por ter sido o rei que transferiu o papado para Avinhão e por ter suprimido a Ordem dos Cavaleiros Templários. Este é o primeiro de sete livros que contam, precisamente, a história deste período e das principais figuras que marcaram a história de França. George R. R. Martin cita Druon e estes livros, em particular, como uma das fontes de inspiração para a narrativa sobre a intriga política e lutas de poder presentes n'As Crónicas de Gelo e Fogo. Se tudo isto vos chamou a atenção, atirem-se!
Já A Sombra do Vento quase que se tornou um clássico contemporâneo da literatura pelo ambiente que cria, pelas personagens que nos apresenta e pela narrativa envolvente que, após tantos anos, faz com que eu não me esqueça dele. A história passa-se em Barcelona, durante a primeira metade do século XX e leva-nos numa trama de mistério e suspense que nos faz ficar agarrados ao livro até à última página!
O Rei de Ferro de Maurice Druon passa-se em França, no século XIII, durante o reinado do rei Filipe, o Belo, mais conhecido por ter sido o rei que transferiu o papado para Avinhão e por ter suprimido a Ordem dos Cavaleiros Templários. Este é o primeiro de sete livros que contam, precisamente, a história deste período e das principais figuras que marcaram a história de França. George R. R. Martin cita Druon e estes livros, em particular, como uma das fontes de inspiração para a narrativa sobre a intriga política e lutas de poder presentes n'As Crónicas de Gelo e Fogo. Se tudo isto vos chamou a atenção, atirem-se!
E agora para histórias de amor que não são lamechas, nem perfeitas, nem caem em clichés literários, tentei escolher três de que gosto bastante e que eu própria ofereceria sem pensar duas vezes.
Crónica de Paixões e Caprichos, da Julia Quinn é um must para quem gosta de romances históricos! Passa-se em Inglaterra, na altura da Regência e neste livro, tal como nos outros que se lhe seguem, Julia Quinn conta-nos a história da família Bridgerton, em particular dos sete filhos que a compõem e nas suas sagas românticas, que têm tanto de romance como de comédia de costumes.
Já Outlander... Quem nunca ouviu falar, nem que seja, da série de televisão?! Este é o primeiro livro, mas não se assustem com o calhamaço que é. Lê-se muito bem e leva-nos para a Escócia da primeira metade do século XX e para o século XVIII. Por esta ordem de acontecimentos. Sim, há viagem no tempo, há ficção histórica, há momentos mais bem humorados, outros muito sofridos e chocantes, e um amor que sobrevive ao teste do tempo. Será difícil não se sentirem arrebatados.
E falando em Escócia, este Nove Mil Dias e Uma Só Noite é-nos contado em forma de cartas, tratando-se da correspondência entre uma mulher escritora na ilha de Skye, na Escócia, e de um admirador seu, nos Estados Unidos durante o período da Grande Guerra. Mas depois passamos à Segunda Guerra Mundial e temos mais romance e mais mistério. É, sem sobra de dúvida, um livro com o tema do amor em tempos de guerra, que nos emociona e nos deixa levar pelas vidas daquelas personagens.
Crónica de Paixões e Caprichos, da Julia Quinn é um must para quem gosta de romances históricos! Passa-se em Inglaterra, na altura da Regência e neste livro, tal como nos outros que se lhe seguem, Julia Quinn conta-nos a história da família Bridgerton, em particular dos sete filhos que a compõem e nas suas sagas românticas, que têm tanto de romance como de comédia de costumes.
Já Outlander... Quem nunca ouviu falar, nem que seja, da série de televisão?! Este é o primeiro livro, mas não se assustem com o calhamaço que é. Lê-se muito bem e leva-nos para a Escócia da primeira metade do século XX e para o século XVIII. Por esta ordem de acontecimentos. Sim, há viagem no tempo, há ficção histórica, há momentos mais bem humorados, outros muito sofridos e chocantes, e um amor que sobrevive ao teste do tempo. Será difícil não se sentirem arrebatados.
E falando em Escócia, este Nove Mil Dias e Uma Só Noite é-nos contado em forma de cartas, tratando-se da correspondência entre uma mulher escritora na ilha de Skye, na Escócia, e de um admirador seu, nos Estados Unidos durante o período da Grande Guerra. Mas depois passamos à Segunda Guerra Mundial e temos mais romance e mais mistério. É, sem sobra de dúvida, um livro com o tema do amor em tempos de guerra, que nos emociona e nos deixa levar pelas vidas daquelas personagens.
Young Adult
Para os mais novos, não posso deixar de recomendar a saga Harry Potter. Se estão na dúvida sobre a partir de que idade podem começar a ler esta saga, penso que a partir dos 10/11 anos, uma vez que é essa a idade dos protagonistas também, aquando do primeiro volume. E para além de todos os elementos de fantasia e aventura que estes livros têm, o que me faz recomendar-los é o facto de permitir que os leitores cresçam com as personagens também e os dramas, as inseguranças, as aspirações dos protagonistas podem, facilmente, responder às mesmas inquietudes de quem lê, permitindo também haver um sentido de pertença.
Ainda dentro da fantasia, este A Estranha Vida de Nobody Owens, de Neil Gaiman, acompanha a vida de Nobody Owens que vive num cemitério com todos os espíritos e criaturas que lá habitam. No entanto, todos estes "fantasmas" não são assustadores. São, antes, figuras quase familiares e parentais para Owens, são aqueles que o criam, protegem e ensinam. É um livro delicioso e altamente recomendado a miúdos e graúdos.
Já este A Culpa é das Estrelas, deixem-me que vos diga: quando o li não estava nada, NADA, à espera de me emocionar tanto com esta história e com os seus protagonistas. Relata a história de dois adolescentes, da descoberta do amor, da importância da amizade, do confronto com a morte numa narrativa muito bem conseguida por John Green e que também foi adaptada para o cinema.
Fantasia
Bom, nesta categoria ficava aqui o dia todo e nunca mais acabava esta lista... Por isso, decidi ficar-me pelos livros de fantasia que mais tiveram impacto em mim, recentemente.
Quem me conhece e quem visita este blog há algum tempo já percebeu que sou fã acérrima de Brandon Sanderson e de tudo o que ele escreve. E podia estar a recomendar aqui toda a obra dele, mesmo aquela que eu ainda não li, mas cinjo-me à sua trilogia já publicada por cá, que começa com este Império Final. Se querem um bom livro de fantasia com um sistema de magia original, personagens cativantes, aventuras e intrigas, este é o livro e a saga certa. Para fãs já muito batidos em obras de fantasia, mas também para os menos versados, acho que vai agradar a todos.
Não podia deixar de recomendar uma obra como As Brumas de Avalon, que reconta a lenda arturiana sob uma perspectiva feminina, tendo como foco as mulheres que, com o seu poder, dão forma aos acontecimentos na corte de Camelot. Este livro acaba por misturar vários elementos muito bem: mulheres fortes, magia, misticismo celta, lenda arturiana, acrescentando mais uma visão sobre esta lenda intemporal.
Por fim, a trilogia das Jóias Negras de Anne Bishop. Acho que foram estes livros que me iniciaram no reino da fantasia e até hoje são dos meus livros de fantasia favoritos. Este é o primeiro livro, Filha do Sangue e serve de introdução a todo aquele mundo peculiar e fantástico e às personagens que nunca mais vos vão largar: Daemon, Lucivar, Saetan e Jaenelle são algumas delas. Eu própria quero comprar e reler estes livros, porque na altura li-os emprestados. Recomendo vivamente a qualquer fã de fantasia!
Ficção Científica
Já no campo da ficção científica temos, maioritariamente, clássicos.
Este Duna de Frank Herbert é um livro denso que não se lê de uma assentada. É bastante imersivo, com a construção de um mundo bastante rico e complexo, tem muitas considerações de nível espiritual, político, ambiental, filosófico, mas que vale muito bem o tempo que se demora a lê-lo. É uma obra incontornável para todos os fãs de ficção científica
Órix e Crex é uma obra de ficção especulativa de Margaret Atwood. Numa altura em que todos lêem ou relêem A História de uma Serva, por culpa da série, mas também da sequela publicada pela autora, The Testaments, achei por bem lembrar que Atwood escreveu outras coisas de forma brilhante também. E este é um desses casos. Não vos consigo explicar o amor que tenho por este livro, mas é de se tirar o fôlego a qualquer um que o leia.
Um Cântico a Leibowitz põe-nos a pensar sobre a natureza cíclica da história e o quanto o homem caminha para a sua auto-destruição. Fala-nos da importância do conhecimento, da preservação da história, daquilo que veio antes de nós, dos avanços tecnológicos e da importância que tem a religião na cultura de uma civilização. É assustador verificar que um livro escrito em 1959 permanece tão actual.
Mistério/Crime
Podia destacar aqui qualquer livro que li da Agatha Christie (e tenho a certeza que podia aqui mencionar os que não li também), mas escolhi este O Assassinato de Roger Ackroyd porque foi o primeiro livro que li dela e porque achei um livro tão cativante e delicioso que não podia deixar de estar aqui.
Toda a gente conhece o espectacular e best-seller Em Parte Incerta. Eu própria o adorei, mas antes desse, a autora escreveu este Objectos Cortantes que é tão, ou mais, perturbador e chocante do que o outro. Foi adaptado para série de televisão também, brilhantemente interpretado pela Amy Adams, e aconselho vivamente a todos os que gostem de thrillers densos e protagonistas que lutam contra os seus próprio demónios.
Já este Rebecca é uma história com elementos e temáticas reminescente dos romances góticos, nomeadamente de Jane Eyre. É um livro com bastante densidade psicológica, com uma mansão inglesa tão misteriosa como as personagens que lá vivem, e com segredos que se vão revelando por camadas até se chegar ao cerne da questão. Não posso deixar de recomendar este livro pela história em si, mas também pelo ambiente, pela envolvência e pela escrita de Du Maurier. Vale muito a pena.
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