Podem ouvir a minha opinião completa no podcast, AQUI.

Este livro foi a minha estreia com o autor sueco Fredrik Backman e, apesar de ser um autor querido por muita gente, não sabia bem o que me esperava.

Pois que este é um livro onde encontramos um homem muito peculiar, Ove, que gosta de estar no seu canto, metido nas suas rotinas, não gosta de pessoas e que passa a vida a ser interrompido pelos seus novos vizinhos sempre que se tenta suicidar. Ao longo da história, também vamos tendo vislumbres do passado de Ove que nos ajudam a conhecê-lo melhor e a entender o porquê de ele ser assim. E, se ao início podemos não simpatizar muito com ele, ao longo do livro vamos mudando de opinião, vamos sentindo mais empatia para com ele, tudo para culminar num final emocionante e que no dá um quentinho no coração. E o engraçado deste livro, é que vamos percebendo, nos detalhes, a forma como Ove acaba por sofrer a influência dos seus vizinhos, mas ele não se apercebe dessas mudanças.

Temos, então, aqui algumas temáticas que são abordadas, como o luto, a solidão, a saúde mental, a importância da comunidade e das relações humanas, e que acabam todas por estar interligadas e confluir na figura de Ove.

Gostei bastante deste livro e percebo o porquê de muita gente adorar Backman. Eu não cheguei a esse nível, não amei nem fiquei deslumbrada, mas gostei bastante desta leitura. Tem momentos engraçados, caricatos e que mostram a desadequação de Ove, mas também a solidariedade e a entre-ajuda que se gera, apesar de todas as patadas que Ove dá às pessoas. É um livro que dá um quentinho no coração, no final, e terminei a leitura a desejar entrar na história para conhecer aquelas pessoas. Por isso, a experiência foi muito boa e fiquei com vontade de ler mais deste autor.

4/5 - Gostei muito

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