Cem Anos de Solidão - Opinião
junho 23, 2023Podem ouvir a minha opinião completa no podcast, AQUI.
Este é um dos grandes clássicos da literatura contemporânea, escrito em 1967, sobre Macondo, uma aldeia fictícia algures na América Latina, que Gabriel García Márquez cria para poder refletir sobre a sua própria realidade.
A obra insere-se no estilo do Realismo Mágico, no qual as narrativas se apresentam com elementos mágicos e fantásticos, mas que são relatados como algo normal, comum e perfeitamente aceitável naquele mundo narrativo, nunca são explicados nem questionados porque fazem parte do quotidiano e, por isso, só causam espanto no leitor.
Seguimos, então, a história da família fundadora de Macondo, os Buendía-Iguarán, numa história que vai abarcar sete gerações. Aqui fala-se de tempo e de memória, de destino e livre-arbítrio, de solidão, de história e de política, de amores e desamores, traições, numa escrita lírica, envolvente, mas também muito bem-humorada, com vários momentos de ironia.
Este é um livro marcante que ganhou um lugar no meu coração. Será um dos favoritos do ano e, certamente, da vida, com tantas camadas de significado e tantos simbolismos que tenho a certeza de que só com uma leitura não consegui abarcar tudo o que o autor quis transmitir. Adorei estas personagens e segui-las durante todas as suas vidas, amei as descrições que o autor faz daqueles sítios, adorei a narrativa que é sobre tudo e sobre nada, é sobre a vida e tudo o que faz parte dela. E é sobre uma solidão imensa que nem sempre é óbvia, mas que no fim, afinal, sempre esteve lá.
5/5 - Adorei
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