Royal Assassin - Opinião
setembro 01, 2023Podem ouvir a minha opinião completa no podcast, AQUI.
À semelhança de Assassin's Apprentice, também este livro foi uma releitura. Li-o assim que terminei o primeiro e, sinceramente, já não me lembrava o quanto ia sofrer neste livro! Mas vamos por partes.
A história começa exactamente onde o primeiro livro acabou e, por isso, temos aqui a continuação do primeiro livro no sentido em que continuamos a seguir a história de Fitz, das suas descobertas identitárias, no desenvolvimento das suas habilidades enquanto espião e assassino, mas também nas técnicas empregues com a Wit e a Skill. Vemos também Fitz a aprofundar relações com Verity, o seu tio, mas também com Burrich, o Bobo, Chade e Molly. Fitz já não é uma criança e, por isso, vemos também o seu crescimento a caminho de ser adulto, com todas as dores que isso representa.
Neste livro, Fitz é confrontado com as consequências das suas escolhas e acções, sejam elas justas ou não. Mas também é isso que significa crescer, certo? Fitz perde, aqui, muita da sua inocência enquanto tenta navegar neste mundo no qual ele não tem a certeza a que pertence. O ritmo da leitura torna-se mais lento, muito focado na construção psicológica e emocional das personagens e na descrição daquilo que rodeia Fitz: as intrigas da corte, as lutas de poder, as mentiras, os enganos. Mas é tão bom voltar a ler tudo isto! Robin Hobb é exímia a construir personagens e a fazer com que sintamos com elas. E, sinceramente, já não me lembrava do quanto o Fitz sofre no final! São umas últimas páginas de angústia, mas tão bem escritas que parece que estamos lá com aquelas personagens.
Mais uma releitura fantástica - só não lhe dou a pontuação máxima porque, devido às descrições, o ritmo se torna mais lento, mais vagaroso. Mas fora isso, excelente! Por cá, está publicado pela Saída de Emergência, com o título O Punhal do Soberano.
4/5 - Gostei muito
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