The Pillars of the Earth - Opinião

julho 31, 2009


Finalmente, depois de praticamente um mês com este livro em mãos, acabei de ler The Pillars of the Earth de Ken Follet. E, sinceramente, tenho sentimentos mistos em relação a este livro. Mas vamos por partes.

A época da narração deste livro é a Idade Média, século XII e a narrativa prolonga-se durante quase quarenta anos. Por isso, este livro tem qualquer coisa de épico.
Temos como tema principal a construção de uma catedral na cidade de Kingsbridge e é a partir daí que surgem todas as intrigas, conspirações, lutas por territórios e construções da história que se vão desenvolvendo ao longo do livro. A história em si é bastante boa, com personagens interessantes e bem desenvolvidos em termos descritivos. É impossível não gostar do Prior Phillip, de Aliena, Jack, Ellen e Tom. Por outro lado temos o detestável William (o raio do homem meteu-me uns nervos!!), o bispo Waleran e Alfred.
Assim, temos de tudo um pouco: romance, intrigas, crimes, conspirações políticas, batalhas históricas e detalhes arquitectónicos da construção da catedral que se torna a primeira catedral gótica da Inglaterra. Há sempre que ter em conta que, apesar de ficção, esta obra tem um cenário histórico verdadeiro como a luta pelo trono entre Maud e Stephen, as Cruzadas e o assassinato do Bispo da Cantuária, Thomas Beckett. (Como curiosidade, T. S. Eliot escreveu uma peça chamada Murder in the Cathedral, que fala precisamente sobre o assassinato do Bispo)

Apesar desta história prometer bastante, para mim desiludiu-me um pouco. Talvez tivesse demasiadas expectativas quando comecei a ler o livro. Achei algumas descrições um pouco entediantes, principalmente quando se tratava das exaustivas explicações sobre a construção da catedral, algumas partes do livro tornam-se enfadonhas por serem prolongadas durante demasiado tempo, há cenas que não vão acrescentar nada à história, no início a narrativa tende a dispersar-se um pouco porque há vários núcleos de personagens que não estão ainda ligadas umas às outras e, por isso, ás vezes acabamos um pouco por perder o fio à meada...
A escrita de Follet é uma escrita perfeitamente normal e perceptível (para quem quiser ler em inglês) e se, em termos temáticos, esperava muito da história por envolver vários elementos interessantes acabei por ficar um pouco decepcionada porque a leitura se tornou morosa devido a essas partes com pouca acção e que parece que estão ali para "encher chouriços".

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2 comentários

  1. Como sabes, por cá dividiram o livro em 2 volumes. Li o primeiro e sinceramente não fiquei muito impressionada... Não fosse terem-me oferecido o 2.º alguns meses depois e provavelmente nem o teria lido. A questão é que gostei muito mais... Não sei se foi por ir com baixas expectativas, mas a verdade é que me agradou bastante. Quanto ao facto de conter descrições maçudas, não o notei muito, mas talvez tivesse acontecido se tivesse lido tudo de seguida.

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  2. Pois...se calhar devia ter dividido o livro ao meio e fazer uma pausa entre as duas partes, ler outra coisa qualquer.
    Sei que houve alturas em que aquilo me estava a custar tanto que me apetecia saltar páginas. Acho que a trama em si é boa, mas acaba por ser muito extenso e com algumas partes demasiado paradas.
    Mas pronto, gostos são gostos!

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