Se Eu Ficar - Opinião

março 06, 2010

Título: Se Eu Ficar
Autor: Gayle Forman
Editora: Editorial Presença
Colecção: Noites Claras, nº5
Páginas: 216
Sinopse (da contracapa):

"Naquela manhã de Fevereiro, quando Mia, uma adolescente de dezassete anos acorda, as suas preocupações giram à volta de decisões normais para uma rapariga da sua idade: permanecer junto da família, do namorado e dos amigos ou deixar tudo para ir para Nova Iorque para se dedicar à sua verdadeira paixão, a música. É então que ela e a família resolvem ir dar um passeio de carro depois do pequeno-almoço e, numa questão de segundos, um grave acidente rouba-lhe todas as escolhas. À medida que os paramédicos a transportam dos destroços quase irreconhecíveis do automóvel para o hospital e a tentam reanimar, Mia nada mais pode fazer que observar toda a cena, de fora do seu corpo.
Nas vinte e quatro horas que se seguem e que talvez sejam as suas últimas, a jovem relembra a sua vida, pesa o que é verdadeiramente importante e, confrontada com o que faz com que valha mesmo a pena viver, tem de tomar a decisão mais difícil de todas."

Opinião:

Este é um daqueles livros que se lê de um fôlego só, num dia ou dois. É uma história simples, cuja acção se passa num tempo que não tem mais do que 24 horas, cujos capítulos são marcados pelas horas que vão passando.

Mia, uma jovem de 17 anos, tem todo um futuro pela frente: um namorado que a ama, um futuro promissor na música, uma família diferente mas que a apoia e que a compreende. Mas vê a sua vida irremediavelmente transformada depois de um acidente de carro que vitima mortalmente os seus pais e o irmão mais novo. Assim, Mia conta-nos a sua história enquanto está fora do seu corpo. Ficamos a saber do que se passa à volta dela enquanto ela se passeia pelos corredores do hospital, observando os seus familiares, e somos constantemente levados ao seu passado, a momentos marcantes da sua vida através de "flashback" e é assim que a vamos conhecendo e conhecendo as pessoas mais importantes da sua vida. E, no fundo, essas horas que ela passa em coma e a relembrar-se de todos os momentos e pessoas importantes, assistimos a um pesar de prós e contras para ela ficar.

Esta foi uma leitura bastante agradável e só demorei mais porque tenho pouco tempo livre e o que tenho preciso de o aproveitar para as coisas da faculdade. Mas sentia a necessidade de, quando pousava o livro para fazer outras coisas, voltar a pegar nele o mais brevemente possível. Queremos saber o que vai acontecer a seguir, que história vai ela recordar, que pessoas vão visitá-la ao hospital. O que ela sentiu em determinado momento, com determinada pessoa, e o que sente agora ao ter que tomar uma decisão tão difícil e ingrata. Gostei bastante, também, de me ver envolvida no mundo musical de Seattle, das bandas punk, dos pequenos clubes onde se organizavam concertos e daquela rebeldia que se vivia em meados dos anos 90 nesse local.

É um livro emocionante e que dá que pensar. Se nos acontecesse algo semelhante, seríamos capazes de escolher? E qual será a escolha certa? De qualquer maneira temos sempre alguma coisa a perder. Seríamos capazes de lidar com essa perda?

5/6 - Muito Bom

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