"Tristão e Isolda" - Opinião
novembro 19, 2010Título: Tristão e Isolda
Autor: Anónimo
Editora: Europa-América
Páginas: 188
Sinopse:
"Aventuras prodigiosas, encantos, sortilégio e paixões generosas e ferozes, audácia, cortesia, grandes façanhas, tudo isto caracteriza Tristão e Isolda. Mas se algo deverá sobressair, esse algo é o amor. Sobre este, diz a grande medievalista Régine Pernoud: «Que literatura oferece um exemplo mais completo, mais patético, de amantes trágicos, do que Tristão e Isolda? Houve alguma vez criação mais forte e mais perfeita do que estes dois seres perdidamente dedicados um ao outro, vivendo apenas pelo seu mútuo amor? Nunca mais rica gama de temas inspirou um poeta, nunca o amor humano soube encontrar acentos mais verdadeiros e mais intensos.»
O mais célebre romance de cavalaria cuja ressonância ultrapassou muito o quadro da época medieval para se projectar até aos nossos dias e servindo de inspiração, em 1865, a Richard Wagner, cuja ópera traduz musicalmente toda a paixão e o amor eterno presentes no tema.
Várias vezes adaptado ao cinema e à televisão, Tristão e Isolda tem agora uma nova versão cinematográfica que conta nos principais papéis com James Franco e Sophia Myles."
Opinião:
Este livro relata-nos a história de amor de Tristão e Isolda. É um romance medieval, com várias origens e que veio influenciar a literatura em geral, nomeadamente o ciclo arturiano, servindo de base para a história de amor de Lancelot e Guinevere.
Fazer um resumo da obra era contar-vos o livro todo, por isso, vou só dar-vos os pontos mais importantes. Tristão é sobrinho de Marcos, rei da Cornualha. Depois de ferido em batalha por Morholt, é enviado num barco sem velas nem remos, para o mar, a fim de se curar com os deuses. Porém, vai parar à Irlanda e é lá que conhece Isolda, filha dos reis irlandeses. Depois de regressar à Cornualha, Marcos pede-lhe que faça outra viagem para que encontre a mulher com quem ele deve casar: a dona da madeixa de cabelo loiro que Marcos encontrou. Claro que essa mulher é Isolda. A princípio, Isolda despreza Tristão porque este matou o seu tio, Morholt, e agora quer levá-la para casar com um homem que não conhece.
Porém, a mãe de Isolda, que é sacerdotisa, envia-lhe uma poção mágica para que Isolda se possa apaixonar pelo rei Marcos e vice-versa. Só que, azar dos azares, Brangia, a criada de Isolda, dá esta poção a Tristão e a Isolda que ficam instantaneamente apaixonados e, a partir daqui, instala-se a desordem. Isolda casa-se com Marcos mas ama profundamente Tristão e ambos vivem o seu amor mesmo debaixo do nariz de Marcos.
Mas desenganem-se aqueles que acham que a história do filme é igual ao livro. A origem desta história ninguém sabe ao certo. Pode ter várias raízes e, por isso, assumiu várias versões ao longo do tempo. Assim, nota-se perfeitamente o cunho das tradições e crenças medievais na construção da narrativa. Tristão, o herói, combate com dragões, com homens do tamanho de monstros, é leal ao seu senhor, luta pelos valores da honra e do amor mas, por causa deste último, acaba por trair os outros todos. Há poções mágicas, seres misteriosos, enganos e intrigas. Nenhum dos elementos é colocado na história por acaso, tudo tinha um sentido e uma função no romance.
Gostei bastante da história em si, até porque já tinha visto o filme e queria fazer a comparação com o livro. Os capítulos são bastante pequenos, o que também torna a leitura mais rápida. Gostei principalmente porque, apesar de o ter lido em português, foi a segunda obra da Idade Média que li e consegui perceber que ideais eram importantes para a época, que tipo de imaginário é que estava presente nas obras desse período e como pensava o Homem medieval. O final é trágico, como não poderia deixar de ser, mas penso que seria o único possível. É uma história de amor bonita, intemporal, considerada o primeiro "Romeu e Julieta" da literatura e, por isso, uma obra obrigatória para quem queira perceber o pensamento e imaginação do Homem da Idade Média.
4/6 - Bom
O mais célebre romance de cavalaria cuja ressonância ultrapassou muito o quadro da época medieval para se projectar até aos nossos dias e servindo de inspiração, em 1865, a Richard Wagner, cuja ópera traduz musicalmente toda a paixão e o amor eterno presentes no tema.
Várias vezes adaptado ao cinema e à televisão, Tristão e Isolda tem agora uma nova versão cinematográfica que conta nos principais papéis com James Franco e Sophia Myles."
Opinião:
Este livro relata-nos a história de amor de Tristão e Isolda. É um romance medieval, com várias origens e que veio influenciar a literatura em geral, nomeadamente o ciclo arturiano, servindo de base para a história de amor de Lancelot e Guinevere.
Fazer um resumo da obra era contar-vos o livro todo, por isso, vou só dar-vos os pontos mais importantes. Tristão é sobrinho de Marcos, rei da Cornualha. Depois de ferido em batalha por Morholt, é enviado num barco sem velas nem remos, para o mar, a fim de se curar com os deuses. Porém, vai parar à Irlanda e é lá que conhece Isolda, filha dos reis irlandeses. Depois de regressar à Cornualha, Marcos pede-lhe que faça outra viagem para que encontre a mulher com quem ele deve casar: a dona da madeixa de cabelo loiro que Marcos encontrou. Claro que essa mulher é Isolda. A princípio, Isolda despreza Tristão porque este matou o seu tio, Morholt, e agora quer levá-la para casar com um homem que não conhece.
Porém, a mãe de Isolda, que é sacerdotisa, envia-lhe uma poção mágica para que Isolda se possa apaixonar pelo rei Marcos e vice-versa. Só que, azar dos azares, Brangia, a criada de Isolda, dá esta poção a Tristão e a Isolda que ficam instantaneamente apaixonados e, a partir daqui, instala-se a desordem. Isolda casa-se com Marcos mas ama profundamente Tristão e ambos vivem o seu amor mesmo debaixo do nariz de Marcos.
Mas desenganem-se aqueles que acham que a história do filme é igual ao livro. A origem desta história ninguém sabe ao certo. Pode ter várias raízes e, por isso, assumiu várias versões ao longo do tempo. Assim, nota-se perfeitamente o cunho das tradições e crenças medievais na construção da narrativa. Tristão, o herói, combate com dragões, com homens do tamanho de monstros, é leal ao seu senhor, luta pelos valores da honra e do amor mas, por causa deste último, acaba por trair os outros todos. Há poções mágicas, seres misteriosos, enganos e intrigas. Nenhum dos elementos é colocado na história por acaso, tudo tinha um sentido e uma função no romance.
Gostei bastante da história em si, até porque já tinha visto o filme e queria fazer a comparação com o livro. Os capítulos são bastante pequenos, o que também torna a leitura mais rápida. Gostei principalmente porque, apesar de o ter lido em português, foi a segunda obra da Idade Média que li e consegui perceber que ideais eram importantes para a época, que tipo de imaginário é que estava presente nas obras desse período e como pensava o Homem medieval. O final é trágico, como não poderia deixar de ser, mas penso que seria o único possível. É uma história de amor bonita, intemporal, considerada o primeiro "Romeu e Julieta" da literatura e, por isso, uma obra obrigatória para quem queira perceber o pensamento e imaginação do Homem da Idade Média.
4/6 - Bom
1 comentários
Também já vi o filme e adorei!!! :D
ResponderEliminarJá estive com o livro várias vezes mão, naquela do "trago, não trago" e acabei sempre por não trazer. No entanto, a tua opinião volta a despertar-me a curiosidade e uma vez que esclareces desde já que a história do livro é diferente da do filme, ainda me motiva mais!...
Talvez uma das próximas aquisições, quem sabe...
Mas é, sem duvida, uma das minhas historias favoritas (pelo menos na versão que conheço - great love! (e não fosse eu uma romântica, apaixonada por amores impossíveis xD))
Boas Leituras
Estrela*