V Volume do Diário de José Gomes Ferreira, pela Dom Quixote
novembro 29, 2010Chega hoje, dia 29 de Novembro, às livrarias o V Volume do Diário de José Gomes Ferreira, Dias Comuns V - Continuação do Sol, edição da Dom Quixote, que assim dá sequência à publicação de uma obra que começou a ser editada em 1990 com o livro Dias Comuns I - Passos Efémeros. Seguiram-se, Dias Comuns II - A Idade do Malogro, Dias Comuns III - Ponte Inquieta e Dias Comuns IV - Laboratório de Cinzas.
Este V Volume, inédito, reúne os textos e anotações do escritor de 1 de Junho de 1968 a 22 de Setembro do mesmo ano. No início do livro, repetindo o que já havia feito nos volumes anteriores, José Gomes Ferreira deixa o aviso: "Imprimam sempre esta sentença no princípio de todos os meus diários: Àqueles que ofendo, por ter sido mal informado, peço que me perdoem e continuem a sorrir para a imagem."
José Gomes Ferreira, poeta e ficcionista, nasceu no Porto, em 1900, tendo vindo para Lisboa aos 4 anos. Licencia-se em Direito em 1924, trabalhando depois como cônsul na Noruega entre 1926 e 1929. Esta época e vivências estiveram na génese do seu livro de contos Tempo Escandinavo, publicado em 1969, tendo sido reeditado, em Maio de 2009, pela Dom Quixote. Regressado a Lisboa, dedica-se ao jornalismo e à tradução de filmes. Foi colaborador de vários jornais e revistas, tais como a Presença, Seara Nova e Gazeta Musical e de Todas as Artes.
Esteve ligado ao grupo do Novo Cancioneiro, estando sempre próximo dos seus companheiros neo-realistas. Lutador antifascista, começa em 1931 a sua longa carreira de "poeta militante", militante da poesia total, "misto de cavaleiro andante, profeta, jogral, vate, bardo, jornalista, comentador à guitarra de grande e horríveis crimes", como ele próprio se qualificou.
Da sua obra poética, destacam-se, para além do volume de estreia, Lírios do Monte (1918), Longe (1921), Poesia I, Poesia II e Poesia III (1948, 1950 e 1961, respectivamente), recebendo, este último, o Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores.
A sua poesia foi reunida na obra Poeta Militante (1977-78). O seu pendor jornalístico reflecte-se nas suas crónicas reunidas nos livros O Mundo dos Outros (1950) e O Irreal Quotidiano (1971).
No domínio da ficção escreveu O Mundo Desabitado (1960, posteriormente incluído em O Tempo Escandinavo), As Aventuras de João Sem Medo (1963), Imitação dos Dias (1996), Tempo Escandinavo (1969) e O Enigma da Árvore Enamorada (1980).
O seu livro de reflexões e memórias A Memória das Palavras (1965) recebeu o Prémio da Casa da Imprensa. É ainda autor de ensaios sobre literatura, tendo organizado, com Carlos de Oliveira, a antologia Contos Tradicionais Portugueses (1958). O seu diário Dias Comuns começou a ser publicado em 1990.
José Gomes Ferreira faleceu em Lisboa, em 1985.
Este V Volume, inédito, reúne os textos e anotações do escritor de 1 de Junho de 1968 a 22 de Setembro do mesmo ano. No início do livro, repetindo o que já havia feito nos volumes anteriores, José Gomes Ferreira deixa o aviso: "Imprimam sempre esta sentença no princípio de todos os meus diários: Àqueles que ofendo, por ter sido mal informado, peço que me perdoem e continuem a sorrir para a imagem."
José Gomes Ferreira, poeta e ficcionista, nasceu no Porto, em 1900, tendo vindo para Lisboa aos 4 anos. Licencia-se em Direito em 1924, trabalhando depois como cônsul na Noruega entre 1926 e 1929. Esta época e vivências estiveram na génese do seu livro de contos Tempo Escandinavo, publicado em 1969, tendo sido reeditado, em Maio de 2009, pela Dom Quixote. Regressado a Lisboa, dedica-se ao jornalismo e à tradução de filmes. Foi colaborador de vários jornais e revistas, tais como a Presença, Seara Nova e Gazeta Musical e de Todas as Artes.
Esteve ligado ao grupo do Novo Cancioneiro, estando sempre próximo dos seus companheiros neo-realistas. Lutador antifascista, começa em 1931 a sua longa carreira de "poeta militante", militante da poesia total, "misto de cavaleiro andante, profeta, jogral, vate, bardo, jornalista, comentador à guitarra de grande e horríveis crimes", como ele próprio se qualificou.
Da sua obra poética, destacam-se, para além do volume de estreia, Lírios do Monte (1918), Longe (1921), Poesia I, Poesia II e Poesia III (1948, 1950 e 1961, respectivamente), recebendo, este último, o Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores.
A sua poesia foi reunida na obra Poeta Militante (1977-78). O seu pendor jornalístico reflecte-se nas suas crónicas reunidas nos livros O Mundo dos Outros (1950) e O Irreal Quotidiano (1971).
No domínio da ficção escreveu O Mundo Desabitado (1960, posteriormente incluído em O Tempo Escandinavo), As Aventuras de João Sem Medo (1963), Imitação dos Dias (1996), Tempo Escandinavo (1969) e O Enigma da Árvore Enamorada (1980).
O seu livro de reflexões e memórias A Memória das Palavras (1965) recebeu o Prémio da Casa da Imprensa. É ainda autor de ensaios sobre literatura, tendo organizado, com Carlos de Oliveira, a antologia Contos Tradicionais Portugueses (1958). O seu diário Dias Comuns começou a ser publicado em 1990.
José Gomes Ferreira faleceu em Lisboa, em 1985.
0 comentários