O Filho das Sombras - Opinião
abril 29, 2011Autor: Juliet Marillier
Editora: Círculo de Leitores
Páginas: 461
Sinopse:
"As florestas de Sevenwaters lançaram o seu feitiço sobre Liadan, que, tal como a mãe, Sorcha, herdou o talento de curar e penetrar no mundo espiritual. Os espíritos da floresta avisaram Liadan de que deve permanecer, para sempre, em Sevenwaters, para que as ilhas sagradas sejam reconquistadas aos Bretões. Em guerra, a Irlanda vê-se também assolada por bandos de assaltantes e mercenários. De entre estes, um destaca-se em particular: o Homem Pintado, feroz e astuto, que semeia o terror à sua passagem. Capturada por ele, Liadan, ao ver que o temido bandido é muito diferente da sua reputação, apaixona-se. Irá o seu amor proibido fazer cair a maldição sobre Sevenwaters?"
Opinião:
Já li primeiro livro desta trilogia, A Filha da Floresta, o ano passado. Mas a sua leitura foi de tal forma marcante que a história continuava gravada na minha cabeça e parti para a leitura deste segundo livro com os principais acontecimentos do primeiro livro em mente.
Assim, O Filho das Sombras conta-nos a história de Liadan e dos seus irmãos, Sean e Niamh, todos filhos de Sorcha e Red, que neste livro aparece com o nome irlandês Iubdan. Liadan herdou os dons da cura e da Visão, da mãe, tal como a habilidade de falar com a mente e de comunicar com outras criaturas do mundo espiritual, o que a torna tão apaixonante, se não mais, do que a mãe fora no primeiro livro.
Temos, por isso, três personalidades completamente diferentes umas das outras, mas todas marcantes. Sean, herdeiro de Sevenwaters, é um rapaz que segue as pisadas do seu tio Liam, nas artes da guerra e na parte política e de defesa do território, e do seu pai, enquanto responsável pela parte da gerência daquilo que Sevenwaters produz. Por sua vez, Niamh é a filha bela, vaidosa, cobiçada por todos os rapazes, mas que acaba por ter uma vida infeliz. Liadan é a rapariga simples, que só quer ficar em Sevenwaters, continuar a aprender a arte da cura com a mãe e tratar das pessoas que lá vivem. Contudo, é precisamente ela que vai viver as aventuras mais emocionantes, passar pelos momentos mais terríveis e sofredores e que vai mostrar uma força interior e determinação notáveis.
Ela é determinada, sabe o que quer e recusa-se a ceder a vontades exteriores que vão contra aquilo em que acredita, mesmo que essas vontades sejam das Criaturas Encantadas. Torna-se numa mulher forte, audaz e acaba por levar sempre a sua avante, apesar dos obstáculos que se lhe impõem.
Mais uma vez, este foi um livro delicioso de ler. A escrita de Juliet Marillier é tão fluida que nem damos pelo passar das páginas, de tão embrenhados que ficamos na história. As personagens são ricas, complexas, apelam aos nossos sentimentos e sentimos raiva, tristeza, alegria e revolta para com elas. Liadan e o Homem Pintado são verdadeiramente apaixonantes. Para além disso, temos o contar de histórias celtas da velha Irlanda, temos a influência da natureza, a riqueza das visões de Liadan, a presença das Criaturas Encantadas e toda a cultura celta que torna aquele mundo de Sevenwaters muito mais interessante e rico.
Foi um verdadeiro prazer ler este livro e não consigo enumerar uma ou duas razões, simplesmente porque tudo está magistralmente construído e interligado de forma a que nós não consigamos pousar o livro. O que eu mais gostei foi da construção das personagens, nomeadamente Liadan e o Homem Pintado, da profundidade que a autora lhes confere e que as torna tão próximas de nós. É um livro riquíssimo e só me arrependo de não o ter lido antes.
6/6 - Excelente
Editora: Círculo de Leitores
Páginas: 461
Sinopse:
"As florestas de Sevenwaters lançaram o seu feitiço sobre Liadan, que, tal como a mãe, Sorcha, herdou o talento de curar e penetrar no mundo espiritual. Os espíritos da floresta avisaram Liadan de que deve permanecer, para sempre, em Sevenwaters, para que as ilhas sagradas sejam reconquistadas aos Bretões. Em guerra, a Irlanda vê-se também assolada por bandos de assaltantes e mercenários. De entre estes, um destaca-se em particular: o Homem Pintado, feroz e astuto, que semeia o terror à sua passagem. Capturada por ele, Liadan, ao ver que o temido bandido é muito diferente da sua reputação, apaixona-se. Irá o seu amor proibido fazer cair a maldição sobre Sevenwaters?"
Opinião:
Já li primeiro livro desta trilogia, A Filha da Floresta, o ano passado. Mas a sua leitura foi de tal forma marcante que a história continuava gravada na minha cabeça e parti para a leitura deste segundo livro com os principais acontecimentos do primeiro livro em mente.
Assim, O Filho das Sombras conta-nos a história de Liadan e dos seus irmãos, Sean e Niamh, todos filhos de Sorcha e Red, que neste livro aparece com o nome irlandês Iubdan. Liadan herdou os dons da cura e da Visão, da mãe, tal como a habilidade de falar com a mente e de comunicar com outras criaturas do mundo espiritual, o que a torna tão apaixonante, se não mais, do que a mãe fora no primeiro livro.
Temos, por isso, três personalidades completamente diferentes umas das outras, mas todas marcantes. Sean, herdeiro de Sevenwaters, é um rapaz que segue as pisadas do seu tio Liam, nas artes da guerra e na parte política e de defesa do território, e do seu pai, enquanto responsável pela parte da gerência daquilo que Sevenwaters produz. Por sua vez, Niamh é a filha bela, vaidosa, cobiçada por todos os rapazes, mas que acaba por ter uma vida infeliz. Liadan é a rapariga simples, que só quer ficar em Sevenwaters, continuar a aprender a arte da cura com a mãe e tratar das pessoas que lá vivem. Contudo, é precisamente ela que vai viver as aventuras mais emocionantes, passar pelos momentos mais terríveis e sofredores e que vai mostrar uma força interior e determinação notáveis.
Ela é determinada, sabe o que quer e recusa-se a ceder a vontades exteriores que vão contra aquilo em que acredita, mesmo que essas vontades sejam das Criaturas Encantadas. Torna-se numa mulher forte, audaz e acaba por levar sempre a sua avante, apesar dos obstáculos que se lhe impõem.
Mais uma vez, este foi um livro delicioso de ler. A escrita de Juliet Marillier é tão fluida que nem damos pelo passar das páginas, de tão embrenhados que ficamos na história. As personagens são ricas, complexas, apelam aos nossos sentimentos e sentimos raiva, tristeza, alegria e revolta para com elas. Liadan e o Homem Pintado são verdadeiramente apaixonantes. Para além disso, temos o contar de histórias celtas da velha Irlanda, temos a influência da natureza, a riqueza das visões de Liadan, a presença das Criaturas Encantadas e toda a cultura celta que torna aquele mundo de Sevenwaters muito mais interessante e rico.
Foi um verdadeiro prazer ler este livro e não consigo enumerar uma ou duas razões, simplesmente porque tudo está magistralmente construído e interligado de forma a que nós não consigamos pousar o livro. O que eu mais gostei foi da construção das personagens, nomeadamente Liadan e o Homem Pintado, da profundidade que a autora lhes confere e que as torna tão próximas de nós. É um livro riquíssimo e só me arrependo de não o ter lido antes.
6/6 - Excelente
2 comentários
Realmente, esperaste demasiado tempo :D
ResponderEliminarÉ de facto um livro marcante. Um dos meus favoritos de sempre :)
É realmente uma obra-prima. Não esperes mais para ler os seguintes! :) Beijinho
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