Efeméride: Percy Bysshe Shelley
julho 08, 2011
Alguns podem não conhecer o nome do autor mas chegarão, certamente, à conclusão de que o apelido Shelley é o mesmo da autora de Frankenstein, Mary Shelley. Pois Percy era o seu marido.
Percy Bysshe Shelley foi um dos grandes poetas do romantismo inglês, a par de Lord Byron, William Wordsworth, Samuel Taylor Coleridge e Jonh Keats, entre outros. Nascido em 1792 e tendo morrido em 1822, hoje perfazem 189 anos após a sua morte.
Foi em 1814 que conheceu Mary Shelley, então ainda Mary Godwin, filha de Mary Wollstonecraft e William Godwin, e casaram-se após o suicídio da primeira mulher de Percy, em 1816.
Shelley acabou por morrer a menos de um mês do seu trigésimo aniversário, depois de se ter afogado durante uma tempestade no mar, enquanto voltava, de barco, de Livorno até Lerici. Contudo, há várias histórias em relação à sua morte: uns diziam que Shelley estaria demasiado deprimido e que queria morrer, outros que ele não sabia navegar um barco, ou que o seu barco teria sido atacado por piratas, entre outros. Mas há várias provas de que a sua morte terá sido fruto de assassinato por motivos políticos.
Das suas obras mais importantes destacam-se os vários longos poemas Queen Mab, The Revolt of Islam, a antologia de versos Ozymandias, Adonäis e, por vezes, é considerado co-autor de Frankenstein, juntamente com a sua mulher Mary Shelley.
Para além destas obras líricas, Shelley escreveu A Defense of Poetry, um ensaio escrito em 1821, publicado postumamente, em que Shelley discorre sobre a função utilitária da poesia e da sua linguagem. Aqui vos deixo um excerto da parte final deste ensaio:
"They [os poetas] measure the circumference and sound the depths of human nature with a comprehensive and all-penetrating spirit, and they are themselves perhaps the most sincerely astonished at its manifestations; for it is less their spirit than the spirit of the age. Poets are the hierophants of an unapprehended inspiration; the mirrors of the gigantic shadows which futurity casts upon the present; the words which express what they understand not; the trumpets which sing to battle, and feel not what they inspire; the influence which is moved not, but moves. Poets are the unacknowledged legislators of the world."
Quem quiser ler esta obra, está acessível na íntegra, na internet e podem consultá-la aqui: http://www.bartleby.com/27/23.html
Ainda a propósito de Shelley, está a decorrer uma exposição sobre o autor, intitulada "Shelley's Ghost: Reshaping the Image of a Literary Family", no condado de Cumbria, em Inglaterra, e podem ver alguns dos artigos da exposição, incluindo objectos pessoais, imagens e escritos originais digitalizados neste site, sobre a exposição: http://shelleysghost.bodleian.ox.ac.uk/home-page
Percy Bysshe Shelley foi um dos grandes poetas do romantismo inglês, a par de Lord Byron, William Wordsworth, Samuel Taylor Coleridge e Jonh Keats, entre outros. Nascido em 1792 e tendo morrido em 1822, hoje perfazem 189 anos após a sua morte.
Foi em 1814 que conheceu Mary Shelley, então ainda Mary Godwin, filha de Mary Wollstonecraft e William Godwin, e casaram-se após o suicídio da primeira mulher de Percy, em 1816.
Shelley acabou por morrer a menos de um mês do seu trigésimo aniversário, depois de se ter afogado durante uma tempestade no mar, enquanto voltava, de barco, de Livorno até Lerici. Contudo, há várias histórias em relação à sua morte: uns diziam que Shelley estaria demasiado deprimido e que queria morrer, outros que ele não sabia navegar um barco, ou que o seu barco teria sido atacado por piratas, entre outros. Mas há várias provas de que a sua morte terá sido fruto de assassinato por motivos políticos.
Das suas obras mais importantes destacam-se os vários longos poemas Queen Mab, The Revolt of Islam, a antologia de versos Ozymandias, Adonäis e, por vezes, é considerado co-autor de Frankenstein, juntamente com a sua mulher Mary Shelley.
Para além destas obras líricas, Shelley escreveu A Defense of Poetry, um ensaio escrito em 1821, publicado postumamente, em que Shelley discorre sobre a função utilitária da poesia e da sua linguagem. Aqui vos deixo um excerto da parte final deste ensaio:
"They [os poetas] measure the circumference and sound the depths of human nature with a comprehensive and all-penetrating spirit, and they are themselves perhaps the most sincerely astonished at its manifestations; for it is less their spirit than the spirit of the age. Poets are the hierophants of an unapprehended inspiration; the mirrors of the gigantic shadows which futurity casts upon the present; the words which express what they understand not; the trumpets which sing to battle, and feel not what they inspire; the influence which is moved not, but moves. Poets are the unacknowledged legislators of the world."
Quem quiser ler esta obra, está acessível na íntegra, na internet e podem consultá-la aqui: http://www.bartleby.com/27/23.html
Ainda a propósito de Shelley, está a decorrer uma exposição sobre o autor, intitulada "Shelley's Ghost: Reshaping the Image of a Literary Family", no condado de Cumbria, em Inglaterra, e podem ver alguns dos artigos da exposição, incluindo objectos pessoais, imagens e escritos originais digitalizados neste site, sobre a exposição: http://shelleysghost.bodleian.ox.ac.uk/home-page
4 comentários
Sabia que o marido da Mary era autor mas não conhecia nenhuma das suas obras.
ResponderEliminarFoi um dos poetas românticos ingleses mais importantes. Estudei principalmente as suas cartas, porque era através delas que ele veiculava muitas das ideias do Romantismo. :)
ResponderEliminarNão conheço nenhuma das obras de Shelley e o pouco que sabia dele, sabia-o através da minha edição de Frankenstein, cuja introdução fala um pouco dele :)
ResponderEliminarEntão, para quem quiser saber mais, fica aqui um site com muitos dos poemas dele: http://www.poemhunter.com/percy-bysshe-shelley/
ResponderEliminarBoas leituras!