Half of a Yellow Sun - Opinião
junho 21, 2014
Título: Half of a Yellow Sun
Autor: Chimamanda Ngozi Adichie
Lido no Kobo
Sinopse (do Goodreads):
"In her masterly, haunting new novel, Adichie recreates a seminal moment in modern African history: Biafra’s impassioned struggle to establish an independent republic in Nigeria during the 1960s.
With the effortless grace of a natural storyteller, Adichie weaves together the lives of five characters caught up in the extraordinary tumult of the decade. Fifteen-year-old Ugwu is houseboy to Odenigbo, a university professor who sends him to school, and in whose living room Ugwu hears voices full of revolutionary zeal. Odenigbo’s beautiful mistress, Olanna, a sociology teacher, is running away from her parents’ world of wealth and excess; Kainene, her urbane twin, is taking over their father’s business; and Kainene’s English lover, Richard, forms a bridge between their two worlds. As we follow these intertwined lives through a military coup, the Biafran secession and the subsequent war, Adichie brilliantly evokes the promise, and intimately, the devastating disappointments that marked this time and place.
Epic, ambitious and triumphantly realized, Half of a Yellow Sun is a more powerful, dramatic and intensely emotional picture of modern Africa than any we have had before."
Opinião:
Parece que me estou a tornar numa fã da Chimamanda... em dois meses li dois livros dela! Quem quiser, pode ver a minha opinião de A Cor do Hibisco aqui.
Este Half of a Yellow Sun (Meio Sol Amarelo) conta a história sob o ponto de vista de três personagens: Olanna, uma mulher nigeriana que pertence à classe média-alta, educada em Londres; Ugwu, um rapaz pobre que vai trabalhar para a casa de Odenigbo, um professor e intelectual, com quem vive Olanna; e Richard, um inglês que vive na Nigéria com a irmã gémea de Olanna, Kainene.
Por detrás da história destas personagens temos a história do Biafra, a região do sudeste da Nigéria que declarou a sua secessão devido a tensões religiosas, económicas e étnicas, e onde vivia um dos maiores grupos étnicos do país, os igbos. Esta secessão deu origem à República do Biafra, estado que existiu entre 1967 e 1970. A narrativa vai alternando entre o início dos anos 60, antes da guerra e da criação do Biafra, e durante a guerra.
Gostei muito deste livro. Está muito bem escrito e penso que retrata bem os vários pontos de vista e reacções perante a guerra. Vemos como as vidas destas personagens mudam e, algumas, de forma tão drástica, como subsistem no meio do conflito armado e que, mesmo assim, têm que continuar com as suas vidas, no meio da destruição, da morte, da perda. Gostei de ver de que forma cada personagem é afectada pela guerra e, antes da guerra, perceber de que cada uma é feita. Neste aspecto, estão bem marcadas as diferenças de classe e o quanto isso vai influenciar a perspectiva de cada um, durante a guerra.
Penso que o ponto forte deste livro é mesmo demonstrar o impacto que a guerra tem nas personagens e nas pessoas que as rodeiam. Há cenas de bombardeamentos, de doença, de massacres e mortes atrozes, e isto vai quebrando cada um, de diferentes maneiras, e vai moldando-os à medida que os anos passam. Além do aspecto histórico, a escrita de Chimamanda é notável e tanto tem de sensível, de poética, como de brutalidade e até de momentos de discussão de foro político e cultural sobre a colonização dos europeus no continente africano. É muito interessante e inteligente. Quanto às personagens, a minha preferida foi Ugwu. Um rapaz humilde, inocente, mas muito inteligente e perspicaz. Gostei também de tomar contacto com outras paisagens, com outros costumes, ideais e tradições. Nunca explorei muito o continente africano, nas minhas leituras, mas a Chimamanda dá-me vontade de ler mais.
Gostei muito desta leitura e de conhecer um pouco mais da história da Nigéria e da breve existência do Biafra. Resumindo: não é um livro fácil, mas é mais um que está aconselhadíssimo!
5/6 - Muito Bom
(Esta leitura conta para os desafios Monthly Key Word Challenge e para o TBR Pile Reading Challenge)
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