Podem ouvir a minha opinião completa no podcast, AQUI.

Este é um livro curto que nos narra a vida de um homem, Hanta, que tem como profissão prensar papel velho e livros. Contudo, um apaixonado pelos livros e pela arte em geral, Hanta vai salvando alguns exemplares que guarda para si, impedindo a sua destruição. Num livro sobre livros e sobre o quanto a literatura e a arte podem salvar o ser humano, esta obra vive de contrastes, nomeadamente o contraste entre pensamentos mais elevados e filosóficos e o mundo material imundo em que Hanta vive, que serve de pano de fundo para uma reflexão sobre o poder da literatura, e o acesso a ela.

Neste livro encontramos uma realidade duríssima, com descrições por vezes bastante cruas e viscerais sobre a realidade solitária de Hanta. É um livro dotado de alguma beleza poética, mas faltou-me a ligação emocional. É certo que Hanta não é um homem fácil de gostar, de criar empatia, e foi isso que me faltou. Preciso de criar uma ligação emocional com a história ou com as personagens e isso não aconteceu, o que fez com que arrastasse um pouco a leitura. Ainda assim, é um livro marcante sobre o poder e a importância dos livros, que deve ser lido.

3/5 - Gostei

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(Este livro conta para o desafio Mount TBR Reading Challenge 2022)