Podem ouvir a minha opinião completa no podcast, AQUI.

Este é o segundo livro que leio do John Marrs e tinha muitas expectativas, porque adorei o primeiro que li. Estava à espera de um thriller, de um mistério por resolver, de reviravoltas inesperadas, mas... o que tive aqui foi muito morno.

Sem querer adiantar muito para não dar spoilers, o livro gira à volta do desaparecimento misterioso de Simon, um homem casado com três filhos, e de como a mulher e a família lidaram com isso. Vemos  as dúvidas iniciais, um pouco do desenvolvimento da investigação, mas somos guiados pelo olhar da mulher, Catherine, não só pela altura do desaparecimento como ao longo dos anos até chegarmos ao momento presente. Por isso, temos duas linhas temporais: a que começa 25 anos antes, pela altura que Simon desaparece sem deixar rasto; e a do tempo actual, em que tudo nos será revelado. Não posso dizer muito mais do que isto.

Pareceu-me mais um drama doméstico do que um thriller ou um livro de suspense. Não houve grande coisa a desvendar, vamos também sabendo da vida e da personalidade de Simon e digo-vos: o homem não é grande coisa. Pareceu-me arrogante, muito cheio de si mesmo, e sempre certo de que nunca se engana. Já Catherine sempre viveu à sombra de Simon e teve que se desenvencilhar para se sustentar a si e aos filhos. Não achei o mistério grande coisa, mas é um livro que entretém e nos mantém ocupados, especialmente se o lerem juntamente com o audiobook que está bastante bem narrado.

Um livro morno, que não aquece nem arrefece, mas que não me desmotivou em querer ler mais de John Marrs.