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Se dúvidas houvessem, pois aqui ficam desfeitas: gosto de Saramago. Certo que ainda só li três livros dele, mas a cada que leio só fica a vontade de ler mais. Com este As Itermitências da Morte o autor faz-nos rir e reflectir sobre a morte nas mais diferentes vertentes: moral, religiosa, pragmática, filosófica, e como uma personagem em si mesma que tem vontades e caprichos. E que, um dia, deixa de trabalhar e causa o caos.

O livro fala, essencialmente, sobre como a sociedade lida com a morte e com a repentina ausência dela, deleitando-nos com peripécias e reflexões que tanto têm de profundas como de absurdas e risíveis. Afinal, a imortalidade, um desejo utópico do ser humano, pode ser uma dor de cabeça bem vistas as coisas. Amei as reflexões, a história, os momentos de humor, porque este é um livro bastante divertido, e o fim é maravilhoso e inesperado.

Um dos melhores do ano e, sem dúvida, um livro favorito da vida. Recomendadíssimo!