A Darker Shade of Magic - Opinião

maio 14, 2021


Podem também ouvir a minha opinião no podcast, AQUI.

Este foi o primeiro livro que li no contexto do MangaLipa Mania e foi o segundo livro que li da V.E. Schwab. Gostei tanto do Addie LaRue que decidi experimentar enveredar por este mundo de magia que ela nos oferece neste livro, o primeiro da trilogia Shades of Magic. Por cá, o livro também está publicado com o título Uma Magia Mais Escura.

Neste livro deparamos-nos com uma realidade em que os Antari - um grupo pequeno de pessoas com habilidades mágicas - conseguem viajar entre as várias Londres em realidades paralelas: a Londres Vermelha, a Branca e a Cinzenta. Existe, ainda, a Londres Negra que caiu em desgraça e para a qual já não se viaja. Deste grupo de Antari, dos quais cada vez há menos por causa das habilidades que possuem e que são cobiçadas por todos, seguimos Kell. 

Kell foi criado na Londres Vermelha, é um embaixador da família  Real, mas tem um trabalho não oficial e mais obscuro: é contrabandista de objectos das outras Londres. Este aspecto coloca-o numa posição mais vulnerável e é a partir daí que todos os acontecimentos se desencadeiam, depois de uma espécie de troca que acarreta mais problemas do que, aparentemente, parece. Na Londres Cinzenta Kell cruza-se, ainda, com Lila, uma jovem rapariga que sobrevive nas ruas como pode e que acaba por se juntar a Kell numa aventura que coloca em perigo as várias Londres.

Assumo que o início do livro foi um pouco atribulado para mim, porque só comecei a entrar realmente na narrativa a partir de meio do livro. Não porque esteja mal escrito, ou seja desinteressante, mas porque há a introdução de várias personagens, várias dinâmicas, vários locais, mais o sistema de magia deste mundo, que me pareceu tudo um pouco desconexo, como se fossem várias coisas separadas a acontecerem sem ligação entre elas. Mas a meio do livro tudo começa a convergir e o leitor começa a perceber de que forma tudo está ligado e tem influência para o resultado final.

Gostei muito das personagens: Kell e Lila, bem como do irmão de Kell, Rhy. Lila é uma rapariga rebelde, que faz e diz o que lhe vai na real gana, sem filtros e que tem algumas das tiradas mais hilariantes do livro. A interacção entre ela e Kell é bastante divertida e os dois acabam por depender e ter de confiar um no outro em várias situações - mesmo que isso os contrarie um pouco. Kell é um pouco mais velho que Lila,  mais conhecedor da magia que permeia este mundo até porque ele próprio é um dos Antari, aspecto que é visível pelo facto de ele possuir um olho negro, marca da magia, e um azul, a cor natural dele.

Apesar deste livro ser o primeiro de uma trilogia, penso que pode ser lido individualmente, uma vez que a história aqui apresentada tem princípio, meio e fim. Há algumas pontas que ficam soltas, que serão desenvolvidas nos volumes seguintes, mas se quiserem têm curiosidade e ainda não se querem comprometer com toda a trilogia, este livro está bem concebido nesse sentido.

Como veredicto final, posso dizer que gostei deste livro, gostei da construção do mundo, da magia, das personagens, mas... Não achei fenomenal. Como todos os livros que fazem parte de trilogias ou sagas, o primeiro livro é sempre mais introdutório e talvez por isso me tenha sabido a pouco. Quero saber mais sobre aquelas Londres, o sistema de magia e por isso achei que faltou alguma coisa. Fica aqui a vontade de continuar a ler estes livros.

4/6 - Bom

(Esta leitura conta para o desafio Mount TBR Reading Challenge 2021)

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Detalhes

Editora: Titan Books
Páginas: 384
Sinopse:
"Kell is one of the last Antari—magicians with a rare, coveted ability to travel between parallel Londons; Red, Grey, White, and, once upon a time, Black. 

Kell was raised in Arnes—Red London—and officially serves the Maresh Empire as an ambassador, traveling between the frequent bloody regime changes in White London and the court of George III in the dullest of Londons, the one without any magic left to see.

Unofficially, Kell is a smuggler, servicing people willing to pay for even the smallest glimpses of a world they'll never see. It's a defiant hobby with dangerous consequences, which Kell is now seeing firsthand.

After an exchange goes awry, Kell escapes to Grey London and runs into Delilah Bard, a cut-purse with lofty aspirations. She first robs him, then saves him from a deadly enemy, and finally forces Kell to spirit her to another world for a proper adventure.

Now perilous magic is afoot, and treachery lurks at every turn. To save all of the worlds, they'll first need to stay alive."

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