The Ministry of Utmost Happiness - Opinião

dezembro 27, 2018

Título: The Ministry of Utmost Happiness
Autor: Arundhati Roy
Editora: Hamish Hamilton
Páginas: 464
Sinopse:
"The Ministry of Utmost Happiness takes us on a journey of many years-the story spooling outwards from the cramped neighbourhoods of Old Delhi into the burgeoning new metropolis and beyond, to the Valley of Kashmir and the forests of Central India, where war is peace and peace is war, and where, from time to time, 'normalcy' is declared.

The Ministry of Utmost Happiness is at once an aching love story and a decisive remonstration. It is told in a whisper, in a shout, through tears and sometimes with a laugh. Its heroes are people who have been broken by the world they live in and then rescued, mended by love-and by hope. For this reason, they are as steely as they are fragile, and they never surrender. This ravishing, magnificent book reinvents what a novel can do and can be. And it demonstrates on every page the miracle of Arundhati Roy's storytelling gifts."

Opinião:

Este é o primeiro livro que leio desta autora e, por isso, não tinha quaisquer expectativas em relação ao que ia ler. Comprei, aliás, este livro por impulso, sem saber do que tratava, ainda que conhecesse o nome da Arundhati Roy. O livro também se encontra publicado em português, pela ASA, com o título O Ministério da Felicidade Suprema.

O que vos posso dizer sobre este livro é que ele não segue a história de uma personagem em particular. O livro é uma manta de retalhos, cada um pintando um retrato da Índia através das várias histórias de cada personagem. É mais um conjunto de histórias sobre personagens peculiares que vivem durante alguns dos momentos mais críticos e violentos da história da Índia que nos ajuda, de certa forma, a perceber um pouco melhor a diversidade daquele país: diversidade cultural, linguística, religiosa, racial, social, política. Mas para além destas histórias, todos os pormenores da paisagem indiana são focadas e descritas, todas as coisas são importantes para envolver o leitor nesta realidade: os cheiros, as cores, os sons, os animais, as plantas, as paredes das casas, as multidões, os espaços vazios e peculiares que servem de cenário às narrativas que nos são contadas. A história da Índia acaba por se misturar com a história das personagens, revelando uma ligação das pessoas à sua terra que é mais forte do que qualquer outra. Mas isto tem, também, muito a ver com a própria autora, activista pela justiça social e igualdade económica, atenta a todos os desníveis que constituem a sociedade indiana. Roy descreve-nos a riqueza do tecido social da Índia através das múltiplas perspectivas que nos são apresentadas e todas tão diferentes e únicas.

Gostei deste livro precisamente por apresentar esta visão complexa e, por vezes, problemática da Índia. No entanto, pensei que me deixasse mais arrebatada do que deixou. Gostei da profundidade das questões abordadas pela autora através das peripécias vividas pelas personagens, da ligação entre elas e alguns dos momentos mais conturbados da história do país, dos pormenores peculiares de cada um, mas não senti grande ligação com as personagens. Talvez porque o propósito deste livro não é o desenvolvimento de personagens, mas sim apresentar narrativas de amor, de perda, de injustiças, de esperança, de inocência, mostrando a verdadeira fragilidade de ser humano e de como cada um tem um lugar e um propósito diferente e único numa narrativa maior. Ainda assim, não posso deixar de recomendar este livro a todos os que gostam da autora e aos que desejam conhecer um pouco mais da Índia.

4/6 - Bom

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