Ora pois que chegamos ao final de Outubro e, consequentemente, ao chamado Halloween, ou Dia das Bruxas! Não é festividade a que eu ligue muito, até porque essa tradição não está tão enraizada na nossa cultura como está na cultura anglo-saxónica. Porém, achei que podia aproveitar a boleia e escrever uma coisita ou duas sobre a literatura de horror/gótica e, quem sabe, inspirar uns quantos a pegar nestes livros.
Na sua génese, a literatura gótica terá surgido na segunda metade do século XVIII, sensivelmente a mesma altura em que surge o movimento do Romantismo e o primeiro livro deste género terá sido The Castle of Otranto, de Horace Walpole, de 1764.
Na minha opinião, o Gótico veio buscar muitas influências ao Romantismo: a ênfase nos sentimentos mais melancólicos, a redescoberta das paisagens naturais, misteriosas, o tom por vezes sombrio da poesia e narrativas românticas e o culto de emoções fortes como o medo e o terror. Além disso, nesta altura começou a haver um interesse maior pelo passado, principalmente a época medieval, a chamada Idade das Trevas, o que levou a um revivalismo da arte gótica na arquitectura e que passou, também, pela literatura.
Na minha opinião, o Gótico veio buscar muitas influências ao Romantismo: a ênfase nos sentimentos mais melancólicos, a redescoberta das paisagens naturais, misteriosas, o tom por vezes sombrio da poesia e narrativas românticas e o culto de emoções fortes como o medo e o terror. Além disso, nesta altura começou a haver um interesse maior pelo passado, principalmente a época medieval, a chamada Idade das Trevas, o que levou a um revivalismo da arte gótica na arquitectura e que passou, também, pela literatura.
Assim, podemos estabelecer algumas características-tipo deste género de ficção: o uso de elementos do sobrenatural, a presença de fantasmas ou de personagens enlouquecidas (quer desde o início, quer seja progressivamente ao longo da história), de ruínas de antigos edifícios, nevoeiros e brumas, mistérios, crimes, e todo um tom narrativo sombrio que faz o leitor permanecer em constante estado de alerta para o que quer que possa surgir de repente. É nesta altura que surgem as histórias dos lobisomens e vampiros.
Embora não seja nenhuma especialista neste tipo de literatura, é um género que me agrada bastante, principalmente se os livros forem deste período, século XVIII e XIX. Por isso, achei que devia deixar aqui algumas sugestões para aqueles que possam estar interessados em ler qualquer coisa deste género, escrito por autores deste período.
Um dos meus favoritos é Frankenstein, de Mary Shelley. A história de um cientista que enlouquece, que se quer igualar a Deus tentando "construir" um ser humano através de partes do corpo de diferentes cadáveres. Contudo, o monstro de Frankenstein acaba por lhe escapar pelas mãos e ganha vida própria, fora das restrições do seu criador. Aqui temos os elementos praticamente todos: o cientista louco, a criatura monstruosa, os perigos dos avanços da ciência, o tom sombrio da narrativa e do próprio ambiente onde se passa a história... Adorei este livro e permanece como um dos meus favoritos deste género. Agora que falo nele, até fiquei com vontade de o ler outra vez!
Um dos meus favoritos é Frankenstein, de Mary Shelley. A história de um cientista que enlouquece, que se quer igualar a Deus tentando "construir" um ser humano através de partes do corpo de diferentes cadáveres. Contudo, o monstro de Frankenstein acaba por lhe escapar pelas mãos e ganha vida própria, fora das restrições do seu criador. Aqui temos os elementos praticamente todos: o cientista louco, a criatura monstruosa, os perigos dos avanços da ciência, o tom sombrio da narrativa e do próprio ambiente onde se passa a história... Adorei este livro e permanece como um dos meus favoritos deste género. Agora que falo nele, até fiquei com vontade de o ler outra vez!
Também classificado como romance do género, está The Picture of Dorian Gray, de Oscar Wilde. Percebo a classificação, embora ache que há outros elementos que fazem com que este romance não se restrinja a, simplesmente, romance gótico ou de horror. Contudo, a personagem de Dorian Gray vai sofrer uma grande transformação e vai-se tornar verdadeiramente maléfico, fazendo com que todo o romance seja narrado de forma obscura.
Outro livro que eu adoro, dentro deste género, é o The Phantom of the Opera, de Gaston Leroux! Se gostam do filme, por favor leiam o livro. É muito mais do que o filme conta, para além de ter muito mais elementos de mistério e horror do que os filmes mostram. Absolutamente recomendado!!
Na categoria de contos, destaco o The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, que li numa antologia de literatura inglesa que tenho cá por casa. No início pode ser um pouco entediante, apesar do clima misterioso que envolve estas duas figuras, mas à medida que se aproxima do fim e onde tudo se revela, torna-se verdadeiramente arrepiante.
Um grande senhor deste género, e também na categoria de contos, é Edgar Allan Poe e aí posso recomendar praticamente todos os seus contos. Poe, apesar de americano, foi profundamente influenciado pelos românticos e pela literatura dessa época, transportando-a para o seu país de origem. Os seus contos são cheios de momentos de tensão, crimes, e uma atmosfera por vezes pesada e sufocante. Se querem mistério, crimes e terror, é com ele! Deixo-vos alguns títulos de contos da sua autoria: The Murders in the Rue Morgue, The Pit and the Pendulum, The Black Cat, The Purloined Letter e The Fall of the House of Husher.
Um grande senhor deste género, e também na categoria de contos, é Edgar Allan Poe e aí posso recomendar praticamente todos os seus contos. Poe, apesar de americano, foi profundamente influenciado pelos românticos e pela literatura dessa época, transportando-a para o seu país de origem. Os seus contos são cheios de momentos de tensão, crimes, e uma atmosfera por vezes pesada e sufocante. Se querem mistério, crimes e terror, é com ele! Deixo-vos alguns títulos de contos da sua autoria: The Murders in the Rue Morgue, The Pit and the Pendulum, The Black Cat, The Purloined Letter e The Fall of the House of Husher.
Há ainda o incontornável Dracula de Bram Stoker, mas sobre esse não me posso pronunciar porque não li o livro até ao fim. Não por não estar a gostar, mas porque na altura não tinha tempo. Um dia volto a ele.
Neste momento, depois de acabar o último livro da saga Harry Potter, estou a pensar em lançar-me para H. P. Lovecraft, numa colectânea de contos que aqui tenho. Está a apetecer-me ler livros deste género! Talvez esteja inspirada pelo Halloween. Outros livros que pretendo ler deste género: The Hound of the Baskervilles, de Conan Doyle e The Monk, de Mathew Lewis.
E vocês, têm algum autor favorito deste género? Que outros livros/autores deste género conhecem e que possam recomendar? Aceitam-se sugestões de leitura! :)
Neste momento, depois de acabar o último livro da saga Harry Potter, estou a pensar em lançar-me para H. P. Lovecraft, numa colectânea de contos que aqui tenho. Está a apetecer-me ler livros deste género! Talvez esteja inspirada pelo Halloween. Outros livros que pretendo ler deste género: The Hound of the Baskervilles, de Conan Doyle e The Monk, de Mathew Lewis.
E vocês, têm algum autor favorito deste género? Que outros livros/autores deste género conhecem e que possam recomendar? Aceitam-se sugestões de leitura! :)
E aqui estão mais marcadores, desta vez da WhiteLady3! Já sabem enviem imagens dos vossos marcadores aqui para o mail do blog. Estou à espera deles!
De notar: o apontador de metal no marcador da Pó dos Livros (são dois marcadores diferentes), a colecção de marcadores do LOTR e da série Sharpe, o marcador em papiro que veio do Egipto (!!!) e o outro em madeira trabalhado para se parecer com um monumento de Praga.
(clicar nas imagens para as ver aumentadas)
Qual foi o livro mais difícil/desafiante que já leste? Valeu a pena o esforço? Leste-o por escolha própria ou foi por obrigação?
Os Maias, de Eça de Queiroz foi o primeiro que me veio à cabeça. Li-o todo, mas penso que não desfrutei da sua leitura porque li-o por obrigação no 12º ano. Acho que ler um livro daqueles, maçudo, com muita descrição e algo complexo não era propriamente o que eu estava a pedir, com 17 anos. Valeu a pena o esforço porque depois até tirei grande nota no exame de português! Mas em termos de prazer de leitura, não foi muito grande. Espero poder lê-lo noutra altura, de livre e espontânea vontade.
Os Maias, de Eça de Queiroz foi o primeiro que me veio à cabeça. Li-o todo, mas penso que não desfrutei da sua leitura porque li-o por obrigação no 12º ano. Acho que ler um livro daqueles, maçudo, com muita descrição e algo complexo não era propriamente o que eu estava a pedir, com 17 anos. Valeu a pena o esforço porque depois até tirei grande nota no exame de português! Mas em termos de prazer de leitura, não foi muito grande. Espero poder lê-lo noutra altura, de livre e espontânea vontade.
Qualquer bibliófilo que se preze, para além do amor aos livros, também tem tendência para querer tudo e mais alguma coisa que optimize a sua leitura. Assim, dei por mim a pensar, depois do comentário da Maria Manuel no último post da rubrica Marcadores de Livros, que as lojas portuguesas apostam pouco nos acessórios para livros.
Marcadores ainda se vão vendo uns aqui, outros ali, alguns mais originais do que outros, mas nada verdadeiramente fora do comum. E existem marcadores tão engraçados! Basta uma pesquisa pelas livrarias online (Amazon, Barnes and Nobles) para ver a variedade destes acessórios. Há, ainda sites como a Kyle Design ou a Etsy onde se podem encontrar marcadores super criativos.
Marcadores ainda se vão vendo uns aqui, outros ali, alguns mais originais do que outros, mas nada verdadeiramente fora do comum. E existem marcadores tão engraçados! Basta uma pesquisa pelas livrarias online (Amazon, Barnes and Nobles) para ver a variedade destes acessórios. Há, ainda sites como a Kyle Design ou a Etsy onde se podem encontrar marcadores super criativos.
Para além dos marcadores de livros, há também uma série de outros objectos que são úteis ao leitor e que podiam estar acessíveis por cá, em vez de termos de encomendar de fora. Desde lanterninhas para lermos no escuro, até ao Lightwedge uma placa de acrílico com leds que ilumina a página do livro. Passando pelas capas para se proteger o livro e, quem sabe, até transportá-lo de forma mais "fashion", e até aos suportes de livros para quando estamos a ler e não nos dá jeito estarmos a segurá-los. Isto daria-me imenso jeito para quando estou a tirar apontamentos dos livros e não me dá jeito estar a segurá-los em pé.
Penso que há todo um mundo de acessórios ligados aos livros que podia ser explorado por cá e isso não acontece. As livrarias deviam ser locais onde, para além de livros, se pudesse comprar este tipo de artigos que nos fariam a nós, leitores que procuram sempre melhorar o acto da leitura, muito felizes!
E vocês, concordam? Sabem de lojas onde se possam encontrar artigos destes?
Penso que há todo um mundo de acessórios ligados aos livros que podia ser explorado por cá e isso não acontece. As livrarias deviam ser locais onde, para além de livros, se pudesse comprar este tipo de artigos que nos fariam a nós, leitores que procuram sempre melhorar o acto da leitura, muito felizes!
E vocês, concordam? Sabem de lojas onde se possam encontrar artigos destes?
Título: Harry Potter and the Half-Blood Prince
Autor: J. K. Rowling
Editora: Bloomsbury
Páginas: 607
Sinopse:
"It is the middle of the summer, but there is an unseasonal mist pressing against the windowpanes. Harry Potter is waiting nervously in his bedroom at the Dursley's house in Privet Drive for a visit from Professor Dumbledore himself. One of the last times he saw the Headmaster was in a fierce one-to-one duel with Lord Voldemort, and Harry can't quite believe that Professor Dumbledore will actually appear at the Dursleys' of all places.
Why is the Professor coming to visit him now? What is it that cannot wait until Harry returns to Hogwarts in a few weeks' time? Harry's sixth year at Hogwarts has already got off to an unusual start, as the worlds of Muggle and magic start to interwine..."
Opinião:
A primeira coisa que se nota neste livro, no seguimento do anterior, é o ambiente cada vez mais sombrio, quase mesmo oprimido pela desconfiança que reina em Hogwarts devido aos poderes cada vez maiores de Lord Voldemort. E esse tom sombrio percorre praticamente todo o livro, já que o mundo da magia e dos feiticeiros enfrenta momentos muito difíceis e incertos. A ajudar a este ambiente obscuro, juntam-se cada vez mais personagens que estão do lado de Voldemort e, por isso, não é só o ambiente que se adensa, é também a existência de personagens mais negras.
Além disso, este é o sexto ano de Harry e seus amigos em Hogwarts e nota-se, claramente, um aumento da maturidade de todos. São miúdos de 16 anos como tudo o que isso implica e isso torna-os mais reais para quem está a ler, porque nos conseguimos identificar com eles, numa dada altura da nossa vida. Para mim, as personagens são os pontos mais fortes de toda a saga, desde os alunos aos professores. O Harry está a tornar-se um bocado paranóico mas eu até percebo. Afinal, acontece-lhe tudo... Mas fora isso, gosto do facto da autora colocar sentimentos e desejos menos nobres em Harry, apesar deste ser o herói da saga. Embora se saiba que, na dualidade bons/maus ele faça parte dos bons, ele é humano, não é perfeito, e também tem sentimentos negativos. Todos temos, perante as situações por que passamos.
Não vou falar muito do enredo porque não quero estragar surpresas para quem nunca leu os livros. Mas basicamente parece que tudo se começa a compor para a grande batalha final, que se espera, entre Harry e Voldemort. Desde o livro anterior que se nota que há uma espécie de preparação de todos para o combate final que vai ter que acontecer, inevitavelmente. E é para esse combate final que eu estou tão ansiosa!
Gostei, também, de ter conhecido mais sobre a vida de Voldemort em primeira mão, através do Pensieve (não sei como traduziram para português...). Por outro lado, achei que o Snape devia ter tido mais protagonismo. Se calhar por gostar tanto desta personagem, por ser tão intrigante e por querer saber mais sobre ele... Como dizia aqui à dias, eu acho que a J. K. Rowling devia escrever a biografia do Snape!
Autor: J. K. Rowling
Editora: Bloomsbury
Páginas: 607
Sinopse:
"It is the middle of the summer, but there is an unseasonal mist pressing against the windowpanes. Harry Potter is waiting nervously in his bedroom at the Dursley's house in Privet Drive for a visit from Professor Dumbledore himself. One of the last times he saw the Headmaster was in a fierce one-to-one duel with Lord Voldemort, and Harry can't quite believe that Professor Dumbledore will actually appear at the Dursleys' of all places.
Why is the Professor coming to visit him now? What is it that cannot wait until Harry returns to Hogwarts in a few weeks' time? Harry's sixth year at Hogwarts has already got off to an unusual start, as the worlds of Muggle and magic start to interwine..."
Opinião:
A primeira coisa que se nota neste livro, no seguimento do anterior, é o ambiente cada vez mais sombrio, quase mesmo oprimido pela desconfiança que reina em Hogwarts devido aos poderes cada vez maiores de Lord Voldemort. E esse tom sombrio percorre praticamente todo o livro, já que o mundo da magia e dos feiticeiros enfrenta momentos muito difíceis e incertos. A ajudar a este ambiente obscuro, juntam-se cada vez mais personagens que estão do lado de Voldemort e, por isso, não é só o ambiente que se adensa, é também a existência de personagens mais negras.
Além disso, este é o sexto ano de Harry e seus amigos em Hogwarts e nota-se, claramente, um aumento da maturidade de todos. São miúdos de 16 anos como tudo o que isso implica e isso torna-os mais reais para quem está a ler, porque nos conseguimos identificar com eles, numa dada altura da nossa vida. Para mim, as personagens são os pontos mais fortes de toda a saga, desde os alunos aos professores. O Harry está a tornar-se um bocado paranóico mas eu até percebo. Afinal, acontece-lhe tudo... Mas fora isso, gosto do facto da autora colocar sentimentos e desejos menos nobres em Harry, apesar deste ser o herói da saga. Embora se saiba que, na dualidade bons/maus ele faça parte dos bons, ele é humano, não é perfeito, e também tem sentimentos negativos. Todos temos, perante as situações por que passamos.
Não vou falar muito do enredo porque não quero estragar surpresas para quem nunca leu os livros. Mas basicamente parece que tudo se começa a compor para a grande batalha final, que se espera, entre Harry e Voldemort. Desde o livro anterior que se nota que há uma espécie de preparação de todos para o combate final que vai ter que acontecer, inevitavelmente. E é para esse combate final que eu estou tão ansiosa!
Gostei, também, de ter conhecido mais sobre a vida de Voldemort em primeira mão, através do Pensieve (não sei como traduziram para português...). Por outro lado, achei que o Snape devia ter tido mais protagonismo. Se calhar por gostar tanto desta personagem, por ser tão intrigante e por querer saber mais sobre ele... Como dizia aqui à dias, eu acho que a J. K. Rowling devia escrever a biografia do Snape!
Chegamos ao final deste livro com um evento surpreendente, com pontas soltas para serem resolvidas no próximo livro, com o querer saber mais sobre o Snape e curiosa para saber como vai ser o confronto final entre Harry e Voldemort. Ah! E quem será o R.A.B que aparece num bilhete?...
Posso dizer que este livro serve como uma preparação para o que aí vem e gostei bastante. Gostei de todo o ambiente, gostei do desenvolvimento das personagens, do enredo, da maneira como a autora nos deixa curiosos, capítulo após capítulo, para os eventos seguintes. E com um final tão tocante como o deste livro, estou curiosa para ver o que se vai seguir!5/6 - Muito Bom
Os teus hábitos de leitura mudam quando estás de férias? Lês mais? Rendes-te a livros mais "leves" do que o habitual? Guardas livros especialmente para leres durante o tempo de férias? Ou lês aquilo que costumas ler, seja durante as férias ou não?
Normalmente guardo os livros mais maçudos para as férias, simplesmente pelo factor tempo. Durante as aulas passo a vida a ler para fazer os trabalhos e tenho a tendência para ler coisas que não sejam muito complexas nem muito maçudas (e aqui refiro-me mesmo ao número de páginas). Por isso, guardo para as férias livros que possam ter um enredo mais intrincado, que sejam maiores e, por isso, exijam mais do meu tempo e atenção.
Hoje trago-vos imagens de mais marcadores de livros! Não os meus, mas os da Cat SaDiablo, do blog A Bibliófila. Espero que gostem e, mais uma vez, não tenham vergonha e mostrem-nos os marcadores que têm aí por casa!
(se carregarem nas imagens, podem vê-las aumentadas)
(Visto aqui)
Dia 41 – Livro que é um “guilty pleasure”
Não tenho nenhum livro a que possa chamar "guilty pleasure". Não tenho vergonha nem me sinto culpada pelos livros que leio, mesmo que os outros possam achar que o livro é mau, ou não é interessante... Leio e pronto. Ninguém tem nada a ver com isso.
Dia 42 – Livro que adoravas e agora detestas
Nunca me aconteceu. Se gosto de um livro, gosto mesmo. Não fico a detestá-lo depois...
Dia 43 – Livro que marcou a infância
As Mulherzinhas, de Louisa May Alcott. Posso já não me lembrar muito bem da história, mas sei que me marcou porque ainda hoje lembro esse livro com carinho.
Dia 44 – Último livro lido
Harry Potter and the Order of the Phoenix, de J. K. Rowling.
Dia 45 – Próximo livro a ler
Harry Potter and the Deathly Hallows!
E pronto, acabou-se. Espero que tenham gostado de saber estas pequenas curiosidades livrescas sobre a minha pessoa. Embora os posts não tenham sido todos seguidinhos, foi algo que consegui fazer até ao fim!
Não tenho nenhum livro a que possa chamar "guilty pleasure". Não tenho vergonha nem me sinto culpada pelos livros que leio, mesmo que os outros possam achar que o livro é mau, ou não é interessante... Leio e pronto. Ninguém tem nada a ver com isso.
Dia 42 – Livro que adoravas e agora detestas
Nunca me aconteceu. Se gosto de um livro, gosto mesmo. Não fico a detestá-lo depois...
Dia 43 – Livro que marcou a infância
As Mulherzinhas, de Louisa May Alcott. Posso já não me lembrar muito bem da história, mas sei que me marcou porque ainda hoje lembro esse livro com carinho.
Dia 44 – Último livro lido
Harry Potter and the Order of the Phoenix, de J. K. Rowling.
Dia 45 – Próximo livro a ler
Harry Potter and the Deathly Hallows!
E pronto, acabou-se. Espero que tenham gostado de saber estas pequenas curiosidades livrescas sobre a minha pessoa. Embora os posts não tenham sido todos seguidinhos, foi algo que consegui fazer até ao fim!
Qual foi o livro mais estranho que já leste? Gostaste? Detestaste? Fez-te pensar?
A Arte e o Modo de Abordar o seu Chefe de Serviço para lhe pedir um Aumento, de Georges Perec. O livro tem uma única frase, sem pontuação, joga com a linguagem e é sobre as voltas e reviravoltas que se fazem para, precisamente, abordar o chefe para lhe pedir um aumento. Epá, é... estranho. Quando acabei o livro fiquei com cara de: "Whatdafuck?"
Já é o quarto texto que publico sobre escritores. Por isso, decidi que isto tinha que ser tornado numa rubrica própria e com uma "tag" decente, em vez de andar perdido nos textos das "curiosidades"! Desta vez, o autor escolhido é Sir Thomas Malory.
Thomas Malory terá nascido por volta de 1405 e morreu a 14 de Março de 1471, mas os seus anos de juventude são algo obscuros porque não se sabe muito acerca dele. Terá, porventura, lutado em França, nos últimos anos da Guerra dos Cem Anos e a primeira vez que se vê o seu nome em registos, é no ano de 1439, tendo sido feito cavaleiro em 1441. Depois disso, terá vivido uma vida pacata, de homem responsável na pequena nobreza e, até membro do Parlamento. Porém, por volta da década de 50, a sua vida terá sido tudo menos cavaleiresca, envolvendo-se em vários crimes e, até, vivendo alguns períodos em prisão. Terá sido aí, inclusive, que Malory escreveu a sua maior e única obra: Le Morte Darthur, completando-a entre 1469-70.
Thomas Malory terá nascido por volta de 1405 e morreu a 14 de Março de 1471, mas os seus anos de juventude são algo obscuros porque não se sabe muito acerca dele. Terá, porventura, lutado em França, nos últimos anos da Guerra dos Cem Anos e a primeira vez que se vê o seu nome em registos, é no ano de 1439, tendo sido feito cavaleiro em 1441. Depois disso, terá vivido uma vida pacata, de homem responsável na pequena nobreza e, até membro do Parlamento. Porém, por volta da década de 50, a sua vida terá sido tudo menos cavaleiresca, envolvendo-se em vários crimes e, até, vivendo alguns períodos em prisão. Terá sido aí, inclusive, que Malory escreveu a sua maior e única obra: Le Morte Darthur, completando-a entre 1469-70.
Contudo, é de estranhar o contraste entre a vida de Malory, ordenado cavaleiro mas vivendo uma vida de crime, e a escrita de uma obra onde os ideais de cavalaria, de nobreza, de amor cortês são tão exaltados. Por estes motivos, houve algumas tentativas de reatribuir a autoria de Le Morte Darthur a outro indivíduo, embora nada daí tenha resultado. Para além disso, tentou-se também encontrar outro Malory, nas várias famílias com este apelido em Inglaterra, naquela época, mas também não se chegou a conclusão nenhuma.
Quanto ao período vivido por Malory, o século XV, há que destacar que estamos numa época que faz a transição da Baixa Idade Média para o Renascimento que, em Inglaterra, se começou a notar em força a partir do século XVI. Nesta altura ainda reinavam os ideais de cavalaria, continuando o culto dos torneios para provar a coragem do cavaleiro perante os seus adversários, para além do amor cortês, uma característica praticamente inerente ao cavaleiro. Por isso, nessa altura houve um florescimento de ordens de cavalaria, uma delas a de Eduardo III, a Ordem da Jarreteira, estabelecida em 1348 (praticamente uma imitação da Távola Redonda do Rei Artur). Esta Ordem dura até hoje e é a mais prestigiada de Inglaterra.
Contudo, também foi uma época de tumulto e agitação, não fosse o século XV o século da Guerra das Rosas, entre as casas de Lancaster e York (cujo resultado foi o início da dinastia Tudor).
Quanto ao período vivido por Malory, o século XV, há que destacar que estamos numa época que faz a transição da Baixa Idade Média para o Renascimento que, em Inglaterra, se começou a notar em força a partir do século XVI. Nesta altura ainda reinavam os ideais de cavalaria, continuando o culto dos torneios para provar a coragem do cavaleiro perante os seus adversários, para além do amor cortês, uma característica praticamente inerente ao cavaleiro. Por isso, nessa altura houve um florescimento de ordens de cavalaria, uma delas a de Eduardo III, a Ordem da Jarreteira, estabelecida em 1348 (praticamente uma imitação da Távola Redonda do Rei Artur). Esta Ordem dura até hoje e é a mais prestigiada de Inglaterra.
Contudo, também foi uma época de tumulto e agitação, não fosse o século XV o século da Guerra das Rosas, entre as casas de Lancaster e York (cujo resultado foi o início da dinastia Tudor).
(página do manuscrito de Le Morte Darthur)
Quanto à sua única obra, Le Morte Darthur, esta é uma espécie de compilação de todas as obras que foram escritas sobre o mito do Rei Artur. Reúne uma data de tradições, de personagens e de material que foi escrito sobre ele, ao longo dos tempos, e tornou-se tão emblemática na literatura arturiana por isso mesmo, por entrusar tudo aquilo que fora escrito sobre Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda.
Esta obra foi publicada (se assim se pode dizer), pela primeira vez em 1485 por William Caxton e tornou-se na obra mais conhecida da literatura arturiana inglesa. Esta obra faz parte do Winchester Manuscript e, como a obra está dividida, por sua vez, em vários livros, julga-se que Malory terá escrito histórias em separado que, posteriormente, foram unidas e publicadas como um todo por Caxton.
Le Morte Darthur está disponível tanto em Inglês Médio, como foi escrito no original, como traduzida para Inglês Moderno. Posso-vos aconselhar, para quem estiver curioso, a edição da Oxford Classics que conta com uma introdução sobre o autor, a obra, o mundo arturiano e ainda inclui uma lista de bibliografia crítica. Le Morte Darthur também serviu de inspiração e terá sido a fonte principal de obras como Idylls of the King, de Alfred Tennyson e The Once and Future King, de T. H. White. O filme Excalibur, de John Boorman (1981) também se inspirou em alguns episódios da obra de Malory.
(obrigado à WhiteLady3 pela ideia!)
Esta obra foi publicada (se assim se pode dizer), pela primeira vez em 1485 por William Caxton e tornou-se na obra mais conhecida da literatura arturiana inglesa. Esta obra faz parte do Winchester Manuscript e, como a obra está dividida, por sua vez, em vários livros, julga-se que Malory terá escrito histórias em separado que, posteriormente, foram unidas e publicadas como um todo por Caxton.
Le Morte Darthur está disponível tanto em Inglês Médio, como foi escrito no original, como traduzida para Inglês Moderno. Posso-vos aconselhar, para quem estiver curioso, a edição da Oxford Classics que conta com uma introdução sobre o autor, a obra, o mundo arturiano e ainda inclui uma lista de bibliografia crítica. Le Morte Darthur também serviu de inspiração e terá sido a fonte principal de obras como Idylls of the King, de Alfred Tennyson e The Once and Future King, de T. H. White. O filme Excalibur, de John Boorman (1981) também se inspirou em alguns episódios da obra de Malory.
(obrigado à WhiteLady3 pela ideia!)
Dia 38 – Livro para os dias solarengos
Não faço ideia... Como disse no dia 37, não consigo associar livros a dias chuvosos ou solarengos. Eu leio conforme o meu humor, dependendo daquilo que me está a apetecer ler na altura.
Dia 39 – Livro que custou a ler
Basicamente todos os livros que não gostei ou que nem sequer acabei! Mas lembro-me de dois, em particular, que me custou a ler e tive que os ler até ao fim: Wuthering Heights, de Emily Brontë e The Gathering, the Anne Enright.
Dia 40 – Autor(a) cujo talento invejas
Invejo basicamente poetas do Romantismo inglês: John Keats, William Wordsworth, Lord Byron, William Blake. Mas também William Shakespeare, Oscar Wilde, Virginia Woolf, Sylvia Plath, Fernando Pessoa... Acho que já chega!
Dia 39 – Livro que custou a ler
Basicamente todos os livros que não gostei ou que nem sequer acabei! Mas lembro-me de dois, em particular, que me custou a ler e tive que os ler até ao fim: Wuthering Heights, de Emily Brontë e The Gathering, the Anne Enright.
Dia 40 – Autor(a) cujo talento invejas
Invejo basicamente poetas do Romantismo inglês: John Keats, William Wordsworth, Lord Byron, William Blake. Mas também William Shakespeare, Oscar Wilde, Virginia Woolf, Sylvia Plath, Fernando Pessoa... Acho que já chega!
Título: Harry Potter and the Order of the Phoenix (audiobook)
Autor: J. K. Rowling (narrado por Stephen Fry)
Editora: Bloomsbury
Sinopse:
Opinião:
Autor: J. K. Rowling (narrado por Stephen Fry)
Editora: Bloomsbury
Sinopse:
"Harry is furious that he has been abandoned at the Dursleys' house for the summer, for he suspects that Voldemort is gathering an army, that he himself could be attacked, and that his so-called friends are keeping him in the dark. Finally being rescued by wizard bodyguards, he discovers that Dumbledore is regrouping the Order of the Phoenix - a secret society first formed years ago to fight Voldemort. But the Ministry of Magic is against the Order, lies are being spread by the wizards' tabloid, the Daily Prophet, and Harry fears that he may have to take on this epic battle against evil alone."
Opinião:
Neste livro ficamos a conhecer a Ordem da Fénix, uma espécie de grupo de feiticeiros que se une para combater os poderes de Voldemort e dos seus seguidores. Como Voldemort volta a ser uma ameaça, ganhando cada vez mais poder, Dumbledore volta a reunir estes feiticeiros que já lutaram outras vezes contra ele.
Tudo começa quando Harry, no bairro onde vive com os Dursleys, é atacado por "Dementors" e usa magia para se livrar deles. É levado para a sede da Ordem da Fénix, onde ficamos a conhecer quem são os feiticeiros que fazem parte dela, e é onde ficamos a conhecer pormenores sobre a família de Sirius e sobre a própria Ordem.
Contudo, o que me desiludiu neste livro, foi o facto de haver um espaço temporal muito grande entre o momento em que a Ordem se começa a unir para combater as forças de Voldemort e a altura em que algo do género realmente acontece. Neste grande intervalo, assistimos apenas à vida de Harry e dos amigos em Hogwarts, com as suas peripécias, em grande parte provocadas pelas várias restrições impostas pela nova professora Umbridge, e pouco mais, antes do grande momento final.
Todos parecem estar numa espécie de preparação para o que aí vem, mas à medida que ia lendo o livro só pensava que esse momento nunca mais chegava! Tudo bem que vamos descobrindo mais coisas sobre os parentes de Sirius Black, alguns verdadeiramente surpreendentes, sobre a juventude dos pais de Harry e seus amigos, sobre os poderes que Voldemort tem sobre Harry e, também, sobre os próprios poderes de Harry. Afinal, se Voldemort insiste tanto em acabar com Harry é porque algum poder ele terá... Ficamos, ainda, a conhecer Luna Lovegood, uma rapariga estranha, mas que acaba por se juntar a Harry, Ron e Hermione na luta contra Voldemort.
Eu gostei do livro, mas a história pareceu-me desenrolar-se mais lentamente. E, pela primeira vez, achei o Harry irritante, com a mania da perseguição. Tudo bem que há montes de coisas a acontecerem-lhe e ele não sabe muito bem para onde se virar e, a acrescentar a isso tudo, há uma coisa chamada adolescência. Mas irritou-me algumas vezes em que ele se virava contra o Ron e a Hermione sem motivo nenhum...
Posto isto tudo, posso dizer que gostei, mas não tanto como os outros. Achei algumas partes um bocado para "encher chouriços", porque aquilo nunca mais avançava para os "finalmentes".
4/6 - Bom
Tudo começa quando Harry, no bairro onde vive com os Dursleys, é atacado por "Dementors" e usa magia para se livrar deles. É levado para a sede da Ordem da Fénix, onde ficamos a conhecer quem são os feiticeiros que fazem parte dela, e é onde ficamos a conhecer pormenores sobre a família de Sirius e sobre a própria Ordem.
Contudo, o que me desiludiu neste livro, foi o facto de haver um espaço temporal muito grande entre o momento em que a Ordem se começa a unir para combater as forças de Voldemort e a altura em que algo do género realmente acontece. Neste grande intervalo, assistimos apenas à vida de Harry e dos amigos em Hogwarts, com as suas peripécias, em grande parte provocadas pelas várias restrições impostas pela nova professora Umbridge, e pouco mais, antes do grande momento final.
Todos parecem estar numa espécie de preparação para o que aí vem, mas à medida que ia lendo o livro só pensava que esse momento nunca mais chegava! Tudo bem que vamos descobrindo mais coisas sobre os parentes de Sirius Black, alguns verdadeiramente surpreendentes, sobre a juventude dos pais de Harry e seus amigos, sobre os poderes que Voldemort tem sobre Harry e, também, sobre os próprios poderes de Harry. Afinal, se Voldemort insiste tanto em acabar com Harry é porque algum poder ele terá... Ficamos, ainda, a conhecer Luna Lovegood, uma rapariga estranha, mas que acaba por se juntar a Harry, Ron e Hermione na luta contra Voldemort.
Eu gostei do livro, mas a história pareceu-me desenrolar-se mais lentamente. E, pela primeira vez, achei o Harry irritante, com a mania da perseguição. Tudo bem que há montes de coisas a acontecerem-lhe e ele não sabe muito bem para onde se virar e, a acrescentar a isso tudo, há uma coisa chamada adolescência. Mas irritou-me algumas vezes em que ele se virava contra o Ron e a Hermione sem motivo nenhum...
Posto isto tudo, posso dizer que gostei, mas não tanto como os outros. Achei algumas partes um bocado para "encher chouriços", porque aquilo nunca mais avançava para os "finalmentes".
4/6 - Bom
Dia 34 – Personagem literária secundária que merecia um livro só dela
A Ophelia, da peça Hamlet de William Shakespeare. É uma personagem frágil, apaixonada por Hamlet mas ele faz-lhe tantas ou tão poucas, que a rapariga enlouquece e mata-se. Por isso, acho que merecia um livro só com a sua história, como se fosse a história do Hamlet mas sob o ponto de vista dela.
Dia 35 – Personagem literária para a qual escreverias um livro
Esta pergunta é parecida com a anterior... Portanto, fica respondida. Até porque eu não tenho jeito para escrever ficção longa. Quanto muito escrevo pequenos contos e poesia.
Dia 36 – Personagem literária que não quererias encontrar num beco
O Voldemort! LOL
Dia 37 – Livro para os dias chuvosos
Não consigo associar livros a dias chuvosos ou solarengos... Filmes, consigo. Mas livros não. Mas talvez assim um livro de mistério, passado na época vitoriana, com crimes e suspense q.b. Qualquer coisa nesse género, de se ficar aninhada na cama e a ler.
A Ophelia, da peça Hamlet de William Shakespeare. É uma personagem frágil, apaixonada por Hamlet mas ele faz-lhe tantas ou tão poucas, que a rapariga enlouquece e mata-se. Por isso, acho que merecia um livro só com a sua história, como se fosse a história do Hamlet mas sob o ponto de vista dela.
Dia 35 – Personagem literária para a qual escreverias um livro
Esta pergunta é parecida com a anterior... Portanto, fica respondida. Até porque eu não tenho jeito para escrever ficção longa. Quanto muito escrevo pequenos contos e poesia.
Dia 36 – Personagem literária que não quererias encontrar num beco
O Voldemort! LOL
Dia 37 – Livro para os dias chuvosos
Não consigo associar livros a dias chuvosos ou solarengos... Filmes, consigo. Mas livros não. Mas talvez assim um livro de mistério, passado na época vitoriana, com crimes e suspense q.b. Qualquer coisa nesse género, de se ficar aninhada na cama e a ler.