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    As histórias contidas neste livro de contos tecem uma atmosfera gótica para denunciar aspectos da sociedade e cultura argentinas. Aqui são explorados alguns dos aspectos mais sombrios e perturbadores da natureza humana e da sociedade, como a pobreza, a violência, as desigualdades sociais, as lutas psicológicas das personagens e a decadência urbana de algumas das paisagens da Argentina.

    A escrita da autora provoca desconforto em todos os contos e cria uma atmosfera de suspense que, por vezes, confundem até a linha entre a realidade e o sobrenatural, focando-se na vida interior complexa das suas personagens. Estas histórias são sombrias, perturbadores, com elementos de horror e que causam estranheza, precisamente para explorar as ansiedades e as questões sociais predominantes na sociedade da Argentina.

    Aqui são abordados temas ligados à violência, aos elementos sobrenaturais, às experiências femininas, às desigualdades sociais, passando também pela decadência urbana e pela turbulência psicológica nas vivências internas das personagens e, por isso, temos também o medo e a ansiedade.

    Este é um livro muito rico e, como todos os livros de contos, tem uns de que gostamos mais e outros de que gostamos menos. No geral, gostei muito do livro, apanhou-me de surpresa no tratamento da estética gótica que, aqui, está presente precisamente para denunciar os aspectos que mencionei. Gostei, também, de sairmos do cenário mais habitual do gótico, que são as paisagens do norte da Europa, para a América Latina, com as suas particularidades, mas cujos cenários e vivências se prestam tão bem para a escrita de histórias góticas. Uma autora a continuar a ler, sem dúvida!


    4/5 - Gostei Muito


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    Este livro é um murro no estômago. É a história de uma vida povoada de situações pelas quais ninguém deveria passar. Viola Davis provou ter uma vontade maior que os seus traumas e que o lugar de onde veio, contrariando as expectativas que toda a gente tinha para ela. Agarrando-se à escola e ao seu objectivo de se tornar actriz também como fuga à sua situação de pobreza e violência familiar, Viola emerge de um lago lamacento de onde pouca gente consegue sair. Vinda de um contexto em que pouca gente singra, Viola encontra uma forma de sair de lá, de lidar com os seus traumas e de conseguir uma vida digna e merecedora. 

    Este é um livro marcante, duro, que oferece muitas reflexões a nível pessoal, mesmo para quem não passou pelas mesmas situações pelas quais Viola passou. O meu livro está cheio de post-its e sublinhados, é daqueles que não vou emprestar a ninguém, e virou um favorito deste ano e da vida. A história de Viola é um exemplo de resiliência, de sobrevivência e de maturidade. Um mulherão que prova que somos mais do que aquilo que nos acontece, e que a certa altura somos responsáveis pela nossa própria cura, por lidar com os nossos problemas. E isso, minha gente, é fruto de muita terapia. Acreditem, que eu também o sei.

    Fica a vontade de ter uma conversa "daquelas" com a dona Viola, de a abraçar e de lhe agradecer por ter escrito um livro tão importante.


    5/5 - Adorei
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    A Dowry of Blood conta-nos a história da primeira noiva de Drácula, aqui com o nome Constanta. O livro é narrado na primeira pessoa, pela perspectiva de Constanta, num livro em que o Drácula nunca é nomeado. É apenas o marido, o amante, o homem sedutor. Ficamos a saber o contexto da transformação de Constanta de humana em vampira e de como é a sua vida como noiva do Drácula ao longo dos séculos.

    A escrita deste livro é muito bonita. Inclusive, parece que estamos a ler um livro de vampiros escrito no século XVIII ou XIX, e por isso é dotado de uma linguagem cuidada e sensível que transmite o estado emocional e mental da nossa protagonista nesta nova vida enquanto vampira, mas também enquanto presa de um predador. Afinal, a história bem espremida é sobre como é viver uma relação abusiva sob o ponto de vista de quem é abusado. 

    Ao longo dos tempos, a figura do vampiro sempre convidou a várias leituras, representando várias coisas, como: aqueles que não se conformam com as normas sociais; o medo do outro, do desconhecido; comportamentos sociais desviantes; aquilo que está sexualmente reprimido; medos e ansiedades relativos a doenças, raça, o controlo sob algo ou alguém; o lado obscuro e sombrio do ser humano; a dependência de substâncias; ao mesmo tempo que representa o poder, a sedução e a imortalidade. De acordo com a época, o vampiro pode representar estas ansiedades contemporâneas.

    Aqui, especificamente, temos a representação de relações abusivas, e o vampiro representa o papel do abusador que controla, manipula e isola a sua vítima, numa atitude predatória que é típica do vampiro. Por isso, temos uma visão de uma relação deste tipo pela perspectiva de uma das suas vítimas e é por isso que o abusador não tem nome. Quem tem nome são as vítimas desta relação doentia e que lutam para se conseguirem libertar das suas amarras. São essas pessoas que necessitam de serem lembradas e cujos nomes devem ser repetidos para que não se esqueçam.


    4/5 - Gostei Muito

     

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    Podem ouvir a minha opinião completado podcast, AQUI.

    Hamnet é um livro maravilhoso. Explorando a possível história da família de Shakespeare, a autora apresenta-nos a protagonista, Agnes, a esposa deste homem que não tem nome e que se tornará um nome maior da literatura inglesa. É através dos olhos de Agnes que somos apresentados às vivências domésticas e quotidianas desta família, ao espaço em que habitam, e aos restantes membros da família, nomeadamente a Hamnet, um dos filhos de ambos.

    Tendo o amor e a família como aspectos centrais do livro, a obra apresenta-nos as maneiras diferentes de se experienciar e lidar com a perda e o luto. É um livro duro e emocionante que apela à nossa empatia em relação a estes temas e vemos estas questões exploradas tendo como ponto de vista principal a visão de Agnes. Vemos, também, como esta perda é vivida e sentida de forma diferente pelas personagens e de que maneira estes momentos trágicos podem influenciar a expressão artística.

    Este é um livro que vive do uso da linguagem e das emoções, sem se tornar lamechas ou sentimentalista. A escrita de O'Farrell é detalhada e sensorial, transportando-nos para aquele ambiente e para o sofrimento daquela família. É um livro duro sobre um tema difícil, mas que brilha pela forma como nos é apresentado e nos faz sentir ao longo da leitura.

    Recomendadíssimo!

    4/5 - Gostei Muito


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    Esta foi uma releitura e podem ler a minha opinião da primeira vez que li este livro, AQUI.

    Este livro conta-nos a história de Daniel Sempere, um rapaz que vive na Barcelona do pós-guerra e que, após ser levado pelo pai a esse local misterioso que é o Cemitério dos Livros Esquecidos, ganha um interesse e uma obsessão sobre um livro que lê e o seu autor: Julián Carax. A partir daqui, o livro segue Daniel na sua procura de informações sobre a vida de Julián Carax, um autor enigmático e sobre quem se sabe muito pouco, à medida que vai-se cruzando com outras pessoas que acrescentam à sua vida.

    Este livro é sobre o amor aos livros e às histórias, histórias essas que são as que lemos nos livros, mas também as que são partilhadas connosco pelas pessoas que estão nas nossas vidas. É sobre o poder transformador das histórias e como elas têm poder de nos moldar enquanto pessoas. O livro também é sobre vivências do pós-guerra e sobre a memória destas personagens sobre como a guerra as tocou. E é, acima de tudo, sobre Daniel: o seu crescimento, a busca pela sua própria identidade, as descobertas enquanto jovem adulto e sobre o que aquele livro e Julián Carax representam para ele.

    Gostei muito deste livro pela viagem que fazemos àquela Barcelona e às suas ruas cheias de história e de mistério. Voltei a adorar a história de Daniel e do Cemitério dos Livros Esquecidos, que nos fica sempre na memória, de testemunhar mais uma vez o seu crescimento num homem adulto e a sua viagem de auto-conhecimento. 

    Um livro que continuarei a recomendar pela sua aura de mistério, intriga e personagens enigmáticas, e porque fala do amor aos livros e às histórias.


    4/5 - Gostei Muito



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